Breve... Muito breve... Considero que há inevitavelmente lapso preconceituoso de apreciação sobre a Usina de Letras quando dela se é usuário como fresquinho caloiro, venha o indivíduo do primário, do secundário, da universidade ou até, pasme-se, de profissão exercida em actividade que suscite complementação.
A Usina de Letras é uma amálgama de carácteres e tipos cuja diversidade transita nas "escadarias de Babel", onde os mais cordatos, prudentes e experimentados, como na vida, logram estabilidade na equidistância que administram a seu bel-prazer.
Os pseudónimos e os "naiques"... Cerca de 90%... Estimulam os óbices, os desarranjos, as pugnas, as zangas e os abusos, porque os seus titulares se sentem obviamente desde logo impunes em face de qualquer responsabilidade.
A Usina de Letras, outrossim, é "sui generis", tem ilimitada liberdade de expressão, e estas duas magníficas vertentes, estendidas pela confusa amálgama que em catadupa verte e enxurra, explica todas as virtudes e defeitos que o sítio tem.
Caríssimos Usineiros, "bons-e-maus e "maus-e-bons", consoante se sintam e sintam os outros, choquem-se, confundam-se, separem-se, extremem-se, degladiem-se, conformem-se, esclareçam-se, amem-se, imponham o vigor de todos os conceitos e preconceitos, mas desde já vos afirmo, seguríssimo e bem ciente do que expresso, que é tremendo, irremediável e irremissível erro forçar qualquer espécie de selecção. Simples e claro, medite-se sobre esta dualidade: literatura é uma coisa e sociologia é outra.
AQUI... A exigência pessoal é voluntária e pertence ao exclusivo domínio de cada qual. A exigência a outrem é delicada e deve evitar-se ao extremo. O que advem desta complexidade, "bom-ou-mau" deixem, por favor e cautos, ao cuidado daqueles que gerem e exercem a provedoria da magnífica e única, segundo quanto conheço no apreciável leque da comunicação social lusófona, Usina de Letras. Só e sem mais argumento!...
António Torre da Guia |