PARA O TOTAL MUNDO DE ROSAS Não... Ah... Não invejo não A felicidade de quem seja E o que em mim possa parecer inveja É tão só revolta que se solta E paira sobre quem vai além Sem olhar para traz Onde jaz a infelicidade de outrem. Pode parecer também Que procuro protagonismo e o "ismo" Capital de reinar sobre o mal Que eu próprio intentaria alimentar... Não... Não e não... Ou com todos ou com ninguém Estarei nos patamares do além A acenar... A acenar e a sorrir... E os inimigos... Os meus inimigos?!... Esses é que se fazem e extremam a si mesmos Porque assim têm em mim a razão inversa. Aos meus inimigos rogo-lhes a neutralidade Na esperança que o tempo Refaça mais forte a amizade E quiçá a amizade sublime Magoada pela lapidação da experiência E brilha... Rebrilha... Exulta... Então não há o ódio convertido em amor Que se banhou em extrema dor E floriu como belo nenúfar em charco? Há... Há sempre a ponte Para lograr ontem... Hoje... Já agora E doravante marcar a hora Entre os ponteiros que sincronizam No mostrador da vida o sentimento Que vive feliz anos a fio num momento. Nada em vida é absoluto E a esperança é o palco Onde se exibe e dança a realidade. Saravá... Tá - Tá - Tá !... António Torre da Guia
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