E, pasme-se, possesso em nome de Deus, o usuário Domingos, desde que neste sítio comecei a participar, ainda não cessou de preconizar mezinhas regulamentares em relação à Usina.
Frize-se que escreve, escreve sobre o que muito bem quer e lhe apraz, mas, porque naturalmente se enfarta dos objectivos que equaciona sem audiência, tende a mergulhar sobre as infinitas paredes da Usina intentanto dar-lhes uma forma arquitectónica a seu gosto, quiçá boleá-las ou incubá-las... E... - não deu ainda concerteza por isso - A diminuí-las na magnifica abrangência que alcançam.
Daqui a incompatibilidade que se estabeleceu entre mim e este operário das letras, que o é sem dúvida. Admira-me, conforme em tempo me informaram, que o Domingos seja mais velho em idade do que eu. Admira-me... Por me conceber um velho destinado a abrir todas as portas da vida aos mais novos, porque não quero ser por forma alguma um engelho coarctante possuído pelas anódinas regras que enformam o rotundo falhanço da actual humanidade. Acredito que a ruptura do busílis se obterá pela voluntária aceitação da inevitabilidade e nunca pela imposisão do evitável. Sim... O que adianta evitar o acidente se ele acontece logo ali à frente... Ah... Domingos - Domingos...
Também me surpreendo sobre que espécie de obra o Domingos quer deixar aos vindouros!... Naturalmente pretenderá deixar-lhes a cópia da cartilha donde vem... Ah... Domingos - Domingos - Domingos...
Pelo céu que se alcança
Nunca o abismo se evita
E só na asa da esperança
Se alcança a esperança que fica!...
Ah... Domingos... Domingos... Domingos... Domingos... Se ao vital quadrado - fome, sede, sexo e sono - não houvesse quem lhe queira dar dono e trono = Dom Domingos!...
António Torre da Guia
PS = Senhor Domingos... Não obstrua... Deixe a Usina fluir livre e à mão de seus legítimos criadores. Feche os olhos ao que não lhe agrada e escreva "adelante ardiente"... Sim?!... |