Como os músculos não exercitados, os neurônios também atrofiam. Por isso, em dias de pouca memória, faço algumas atividades neuróbicas.
Depois que sofri meningite, estou retendo muito poucas coisas na memória. Para memorizar, tenho utilizado de associações de idéias e tenho que meditar um pouco sobre um dado que quero gravar. As vezes leio alguns textos e esqueço, mas sei que é um exercício.
Criei um diário para registrar o meu dia-a-dia, mas alguns dias me esqueço de anotar.
Ando sempre com papel e caneta, registrando novas idéias que me vêm à cabeça, e, de vez em quando, transformo-as em textos. Este texto aqui mesmo não é produto de um só dia.
Tudo que tenho que fazer é agendado. O que não anoto, raramente lembro de fazer.
Ando um pouco cada dia, procurando caminhos diferentes, deixando aquelas ruas onde já andei muito. E, como fiz uma mudança de endereço no mês passado, consigo caminhos novos mais facilmente.
Recebo muitos e-mails e leio uma parte deles. Muitos são publicidades que não me interessam. Leio também um pouco de notícias.
De vez em quando, dou uma lida em alguns textos meus, porque olho os títulos e não lembro que os tenha escrito. Não chego a ampliar o meu placar assim como alguns dizem, porque o que leio é muito pouco, insignificante em relação às leituras alheias.
Fisicamente até não estou mal. Faço uma corrida dia sim dia não.
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