Prezado Usineiro André Aquino: Respondo a sua carta "tim-tim-por-tim-tim" porque desta forma vamos esclarecendo ideias, desfazendo preconceitos entre nós, e sendo por aqui proporcionamos também aos outros o aquilate do que formos tratando. Por isso tendo a corresponder-me em público com quem queira fazê-lo. O "e-mail" é produto bastante esconso que, como vamos vendo e constatando, acaba sempre por dar no que podemos designar "uma tourada do caraças". Quanto a "gifs" e "letras-dançantes", creia meu caro, que vou aproveitando o ensejo para fazer experiências da mais diver amplitude a fim de me aperfeiçoar quanto possível no domínio da ementa intérnica. Verá que com o decorrer do tempo o meu exercício tenderá a harmonizar-se e a revelar gosto estético. É curioso que quando vou reler textos feitos há um ano e pico atrás, quando comecei com a técnica HTML, fico radiante com os meus improvisos, pois avalio assim de longe o entusiasmo que me animava na altura. Então o meu amigo não terá por aí um daqueles gatafunhos que fazia quando era criança. Eu tenho alguns que minha falecida mãe reuniu e guardou preciosamente. Hoje, babo-me todo de saudade... Quanto à sua proposta, e isto tão só no meu parecer, o objectivo seria interessantíssimo senão estivéssemos em face de pessoas com opinião radical. Esse "sim-ou-não" à censura, que da minha parte levaria logo um rotundo não, permitiria um debate de ideias orientadas no sentido de encontrar métodos que comedissem os exageros da liberdade de expressão, e aí é que estaria a grande virtude. Tem graça que quando me confronto com um crente em Deus, tal não quer dizer que queira demoli-lo e por aí exterminá-lo... Ah... Não, quer não. A terminar, Amigo, envio-lhe um imaginado abração lusitano e esta frase no que à Usina concerne: no sarilho só permanece quem no sarilho sobrevive. Por consequência... É ridículo pedir a um rico que dê uma parte do que não lhe faz falta... Pois... Ele ia lá dar um pedaço da teta!... Salvé e Saravá... Disponha, sempre que quiser.
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