Quem, de nós, não tem um ente-querido a relembrar?
E eles, onde estiverem, esperam um pensamento de nosso coração. Talvez, uma oração em forma de uma flor...
Ou de um poema?
Chove torrencialmente no Rio.
Fica tudo um pouco triste.
Lembro-me de, nos fins-de-semana chuvosos, nós três (irmãs) em casa, junto ao papai e mamãe.
E a chuva em nada atrapalhava a felicidade de estarmos ali, juntinhos, a comemorar a alegria da união.
Papai e mamãe já se foram...
E cada uma, casando, tomou um rumo diferente e tem outro lar, outras responsabilidades...
Mas aquela doce lembrança ninguém poderá apagar...
Ficará para sempre!
Hoje é o único dia em que, quando chove, eu não reclamo.
Sim, porque imagino a natureza a chorar todas as nossas lágrimas pelas pessoas queridas.
Outras, injustiçadas com mortes prematuras, devido à impunidade desta violência que grassa, sem medida...
Uma lágrima
e um minuto de silêncio aos mortos...
Neste seu dia.
