Vejam um exemplo de como as drogas deterioram o raciocínio de um ser humano levando-o a pensar de forma invertida. Vejam abaixo o irraciocínio de um:

“É realmente curioso como o antitabagismo é um vício pior que o tabaco, pois não só empesta o ambiente em que se manifesta com seu fedor e sua tristeza como também degenera a consciência moral dos portadores, tornando-os incapazes para a convivência civilizada e pacífica. São pessoas que odeiam a liberdade, amam o totalitarismo, e certamente farão companhia ao pai do Antitabagismo e inventor do conceito farsesco de "fumante passivo", o socialista Adolf Hitler, no sétimo círculo do inferno. Onde aparece um palhaço antitabagista para desrespeitar e ultrajar as pessoas livres, logo aparece outro retardado mental para secundar-lhe o feito. Bichas carentes, eis o que são. Como o socialista Hitler. Precisamos urgentemente desvendar esse mistério”. (Antitabagismo é viadagem (2) -- 04/11/2003 - 12:11 - Eduardo Candido)

Agora, analisem:

“São pessoas que odeiam a liberdade, amam o totalitarismo”, disse ele.

Como oitenta por cento da humanidade poderiam sentir-se livres, se em todos os cantos a que chegassem encontrassem um ar irrespirável por ação dos outros vinte por cento?

Para uma justa liberdade, os legisladores procuram proibir os comportamentos incômodos nos ambientes público. Assim, todos são livres. Os que persistem em fazer coisas normalmente insuportáveis, que o façam em ambiente restrito a eles. Assim, não tiram a liberdade dos outros.

“...conceito farsesco de ‘fumante passivo’”.

Vejam agora uma informação científica sobre a situação dos fumantes passivos:

"... num informe do Hospital Infantil de Toronto (Canadá): foram encontrados resíduos de nicotina e cotinina em fios de cabelos de 23 bebês cujas mães não consumiram tabaco, mas respiraram a fumaça dos maridos ou colegas de trabalho, durante a gravidez. Os bebezões só tinham entre 1 e 3 dias de nascidos, quando tiraram um bocadinho do cabelo deles. As mães aspiraram uma fumaça que não era delas e a nicotina chegou até a pontinha dos cabelos dos filhos que ainda estavam dentro da barriga (Dr. Jorge Alexandre Sandes Milagres, http://www.cigarro.med.br/).

Não faz muito tempo, foi publicado em uma das mais conhecidas revistas do nosso país uma matéria informando que uma empresa foi condenada a indenizar um empregado que sofreu uma doença causada pela fumaça dos cigarros de colegas. A condenação baseou-se em provas médicas, não em palavras de Hitler ou qualquer outro.

Podemos acreditar que o cérebro de tal indivíduo funcione normalmente? Que idéia de liberdade tem tal pessoa? Deveríamos retroceder ao “estado de natureza” dito por Thomas Hobbes, em que todos lutavam contra todos e os mais fortes impunham suas vontades?

Mas, se fôssemos usar a lei da força, ainda estaríamos em vantagem, porque somos oitenta por cento da população contra vinte. E, em países democráticos, com certeza estaremos em vantagem nessa guerra. Eles irão morrer infartados mais cedo ainda, porque irão ficar mais irritados com as restrições legais aos seus atos repugnantes, e as gerações futuras perceberão que drogas não compensam.