Desculpe, meu caro fantasma, por te acordar numa hora tão inoportuna.
Deves, por certo, estar em teu sono leve desta madrugada tão calma, de lua cheia, ou quase. Só sei que está linda!
Mas, ao falar da lua, saiu-me da memória o que ia dizer-te...
Ah! Lembrei-me...
Não era nada!
Apenas, que há situações
em que não há mais o que dizer...
Pra quê?
Se as situações se mostram por si mesmas.
Seriam simples redundâncias...
Era isso, Freud!
Acho, mesmo, é que estava com saudades.
Acontece,
às vezes,
nesta minha vida pacata de:
esposa amantíssima,
mãe extremosa,
e professora dedicada...
E tantas outras coisitas, doutor, que, melhor nem te contar, pois sei que, como sempre, colocarás a culpa na tão famosa "libido"...
Quando a questão é pura, e unicamente, de caráter... Este meu caráter "devasso e devastador"...
Argh!
Milene
PS. Há coisas "tão previsíveis" que se tornam patéticas...
Mas é, talvez, o que faz a deliciosa diferença entre as pessoas.
Já imaginou, caro leitor, se todos fossem iguais?