Vá... Enquanto estás dormindo... Toninho... Regista no subconsciente o pequeno sermão que pretendo transmitir aos Usineiros, essa cambadazinha de "beMal" que não há meio de afinar pelo diapasão da concórdia e do convívio literário salutar.

Estou farto, ó diabinho portuga, de fazer discursos aos peixes, e sobretudo quedo-me bastante triste porque insistes e persistes em rimar com frequência António com Demónio. O "beMal" que te inspirei está demasiadamente engordando no "al". É necessário e urgente, pelo menos no momento temporal que se atravessa, trazê-lo para o equilíbrio pendular do "M".

Eu sei que tu gostas e aprecias imenso o "M", Toninho, por mil motivos, mas muito especialmente porque a sua forma configura uma imagem que dá ideia da trindade vital em harmonioso estado de ser e estar em vida.

Constatada que, ao cabo de dois anos, definida que está a diversidade de personalidades e de pendores, decerto que aquilatas que as fontes da escrita, logo que se pretenda uma abordagem directa, como é aliás o caso em que actualmente te inseres, carece também de delicado e diversificante trato. Se misturares à tua actuação uma pitadinha de cedência algodoada, crê, lograrás mais beijos do que estaladões.

Concerteza que Rubenios, Lilians, Domingos, Socorros, Lumonês, Olympias e Guntheres, não são Vinícius, Milenes, Clésios, Ruellas e Acciolys, nem entre si estas evidentes citações poderiam ter ritmo e acção mesmo que aproxidamente idênticos. Eis pois, meu caro, equacionada uma das maravilhas da vida que me intuía a lateralizar meus sermões em direcção aos nossos imprescindíveis e queridos peixinhos.

De resto, Toninho, o Pai Natal entrou em desgaste através da descarada negociata que em que o envolveram. O bom do velho, por mais que queira, não tem santidade capaz para conseguir um todo satisfatório de paz em harmoniosa concórdia espiritual e física. O Natal, caro António, tem de ser "nascimento de novidade em segura e excelsa esperança", e a actualidade que ao mundo se depara já muito pouco tem do desiderato ideal ou que até mereça a divina inocência de uma criança. Apenas a tradição vai pondo a mão no exíguo bem-tal-e-qual que por esta época deveras se faz.

Bem... Toninho... Agora acorda em excelente disposição de entrega à vida, senta-te defronte à maquineta que te vai dando cabo dos dedos todos e, comunicando à Usinagem este recado, espécie de sermão natalício que envio à consciência das Pessoas de Boa ou Má vontade, introduz na Internet esta cassetezinha que te deixo no miolo.

Ah... Se vires a Lucia, dá-lhe de minha parte uma beijoca. Se essa mulher tivesse vivido no meu tempo com a mesmíssima desinibição, concerteza absoluta que eu teria chegado a santo antes de morrer.

Porta-te "beMal", sempre de "M" maiúsculo entre o quarteto das letras pequeninas. Não deixes essencialmente o dueto "al" ficar muito gordo.

Oi... Torre... Pede ao Santo António para me tirar daqui e lançar-me ao mar. Diz-lhe que a minha patroa me chama Antonino e que também eu estou farto dos sermões sexuais que ela todos os dias faz à minha frente. Preciso de uma peixonaaaaaa!...