Começamos nossa amizade aos murros, solavancos e xingações, lembras?
Brincadeirinha...
Tudo isso, para dizer que polemizamos ao extremo. E, depois, equilibramos os papos como pessoas inteligentes e civilizadas que somos. Tu, mais que eu, pois, entendes das artimanhas do governo como ninguém e eu confesso-me tapada, nesse aspecto.
Resolvi deixar a política para os políticos e para os que dela se valem, com boas ou más intenções.
Prefiro deliberar sobre algo que eu entenda. O que me embota a cabeça, deixo aos entendidos, como tu.
Não resolvi, como afirmaste, tornar público o meu desagrado em relação às tuas ilações, apenas o fiz, porque em público o fizeste também. Simples, não?
Quanto à “minha indignação”... Exagero teu! Nem um pouquinho me aborreci.
É que tu, como alguns, resolveste falar por mim, como se de mim soubesses intimamente...
Não contestei teus métodos, caro Magno, apenas não vejo as coisas com teus olhos, o que não significa que estejas errado em tua forma de “ação”. É bem diferente, não? Como também te enganas quando afirmas que, como tu, tenho a “lunática pretensão de mudar o mundo”...
Não!
Quisera eu ter força suficiente para mudar a mim mesma, e não consigo... Talvez a passo de tartaruga, não como eu gostaria.
Ah! Maguinho...
Se estiquei um pouquinho tuas considerações, perdoa-me... Às vezes nos insuflamos no discurso, não é mesmo? E acabamos escrevendo tantas asneiras que deixariam perplexos os mestres da retórica.
Quanto aos louvores, tu os mereces. E muito! Falas com “conhecimento de causa”, coisa que eu não saberia, nem por rascunho.
Quanto ao meu amigo Lumonê, de quem me orgulho de usufruir boa amizade e admiração, não partilho de suas convicções ideológicas. Outro engano teu.
Também não fui injusta quando me referi aos teus discursos longos, enfadonhos jamais! Há uma preguiça latente, algo já moldado no meu DNA e não tenho culpa de não me entusiasmar com textos cujo assunto não me entra na cachola. Percebes?
Finalizando, Magno, para não cair na tentação do que tanto repudio, os textos longos, agradeço a graciosidade de tua oferta, junto aos meus alunos, que, coitadinhos, estão mesmo é querendo que o dia tenha mais horas, para conseguir chegar a tempo de pegar as primeiras aulas do noturno, pois o trabalho não lhes permite grande escolha.
E sobre tudo mais que escreveste, não posso replicar à altura, nem por baixo, pois quase, ou nada entendo do que me dizes.
Apenas percebo que é algo grandioso e que, se não dermos ouvido, estaremos terminantemente fritos.