Bem, hoje estremeci nas minhas bases. O eixo do equilíbrio pendeu e as minhas emoções descontroladas provocaram um alude impressionante, sufocando o meu peito e me fazendo tremer como uma vara de bambu num vendaval.
E, olha que ontem eu escrevi para um amigo falando de titans e moinhos de vento, fazendo colocações sobre os momentos da vida que a gente vai deglutindo paulatinamente, pois, afinal, a vida é mesmo uma fábrica de saudades, contadas a partir dos marcos que vamos deixando ao longo da nossa trajetória: um sorriso ali, um pranto aqui, um abraço acolá, um adeus mais além, enfim, momentos caleidoscópicos ao ritmo das marés, num ir e vir intermitente e interminável.
E, no meio do ciclone, a chama votiva da fé estremeceu, tremeluziu, mas jamais apagou. Diante dos meus olhos aflitos havia uma nesga verde de esperança, meio que perdida num oceano de coisas gris.
Até que veio a notícia que eu tanto aguardava e que passara uma semana inteira em sucessivos adiamentos, cada dia deixando-me mais aflito, porém nunca desesperançado.
Logo depois, em sintonia, chegou-me, via e-mail, uma mensagem de pessoa amiga sobre a força que nos propele, mesmo nos momentos mais difíceis, a fazer um esforço a mais, a superar as nossas próprias fraquezas e suplantar até mesmo o que parecia ser impossível. Esta força é formidável e deve ser aproveitada e canalizada para os nossos piores momentos, porque nós temos esta reserva; o que acontece, algumas vezes, é que dela nós nos esquecemos, ou o medo nos rouba a lembrança de utiliza-la.
É bom poder respirar e sentir a seiva da vida retemperando as nossas energias quando conseguimos vencer as intempéries. É bom descobrir, no olho do furacão, a chama da fé inabalável, a certeza de que Deus é o nosso Pai Amado e Fiel.
Ele nos lança mil "dicas" para o sucesso e para a vitória.
Obrigado, Senhor, muito obrigado!