Hoje fabrico sonhos, nas noites de insônia, da madrugada fez-se dia, invento cores que retenham você, que tragam a mim sua atenção... no teto, um sem números de estrelas... que cadenciam para vê-la... o mar invade a sala... o vento a janela... o quarto fez-se ilha... e eu querendo vê-la... o sol nasce e se põe ao seu desejo... e o meu desejo é tê-la... o teu nome ecoa pelos sonhos... travesseiros e cantos deste apartamento... em garrafas soltas pelo mar da sala... cartas de amor a deriva... sua imagem surge em flashes... e me faz querer ver uma tela de cinema... o filme que eu criei... imagens em movimentos de alguém que imaginei... viciou os sentidos do meu corpo... como se antes de vê-la já pudesse tê-la... você me têm, presa a essa fábrica de sonhos, em uma liberdade de poder ser eu mesma... não quero saber se amanhã me solta... e eu acordo... hoje só quero sonhar... com você e comigo... em Plutão talvez... ou quem sabe aqui mais pertinho... num barquinho na sala... num cantinho da ilha.