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Cartas-->À Lucinha -- 20/10/2001 - 15:42 (maria da graça almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lucinha,

Quando o dia
nasce sem vontade,
mesmo com saudade,
não lhe telefono.
Acomodo minha indolência
na cadeira preguiçosa
e o máximo que me deixo fazer
é estirar braços e pernas
na exata medida
de uma manhã desprovida
do acontecer.
Enquanto isso,
flagro as formigas
que, no silêncio
das filas em "ziguezague",
atrevem-se.
O bolo amanteigado de ontem
amanheceu sardento.
Centenas delas desbravam-no.
Roubam-me, as descaradas.
Movimentam-me o olhar
no movimento da marcha em retirada.
O que antes era bloco imóvel e único,
agora caminha multiplicado.
Adocicados fragmentos,
entremeados, passeiam nas
patinhas gulosas
das formigas tarefeiras.


Minha voz, emudecida,
permite que as letras-
encurtando a distância-
falem por mim.
Beijos!

Maria da Graça Almeida













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