Um grande número de pessoas, constituída de pobres seres humanos carentes e insatisfeitos com a vida, passa toda a sua existência numa eterna procura pelo mais fácil. Por isso essa busca é infindável para eles e no fim dela não conseguem encontrar nada daquilo pelo qual tanto ansiaram.
Vivem elas as procuras de algo, mas querem que tudo lhes caia do céu porque são preguiçosos e miseráveis. Nunca estão dispostos a pagar um preço por aquilo que tanto almejam.
Uma das maiores – ou talvez a maior - ansiedades de todo ser humano é encontrar o seu grande amor, e ser por ele amado, para assim deixar de sentir o vazio da solidão. Só que esse desejo acaba nunca se realizando para esses seres, que vivem a sua vida em eterna carência, porque são pessoas egoístas e incapazes de amar.
Na verdade tudo o que sonham na vida é direcionado somente a elas, nunca se importando com quem está ao lado. Também nunca olham ou se preocupam se essas pessoas merecem muito mais porque são boas e muito melhores que elas. Não se importam em causar dor a outro ser humano se isso trouxer satisfação as suas volúpias regando-as de prazeres e ainda acham ser uma grande injustiça serem pessoas que não são amadas.
Não ligam para a existência da fome, da miséria e das dores do mundo, mas se revoltam quando as regalias, que nunca faltaram em suas mesas sempre cheias de fartura, ficam um pouco escassas. Regalias, essas conseguidas por um preço muito alto, que são pagas por outras pessoas, justamente por aquelas que nada tem.
E ainda sentem coragem de dizer que Deus é injusto com elas. Acham que o fato de não receberem amor, serem desprezadas pela humanidade e passarem suas vidas solitárias é uma grande injustiça.
Dores pungentes que dilaceram os corações de pessoas inocentes, merecedoras de serem felizes porque sabem amar, são causadas por essas pessoas que desconhecem o amor. São aquelas que largaram a mão de Deus e não sabem fatiar nem dividir o pão que recebem. Que além de comerem todo o peixe ainda usam os seus espinhos para ferirem aqueles que não merecem.
São donas de um egoísmo tão sórdido que é a causa do término da existência da fartura, colocada por Deus na Terra, para que todos os homens a dividissem entre eles. Destruidoras da perfeição idealizada por Ele para que o homem usufruísse e fosse feliz em sua vida.
E essas pobres e infelizes criaturas ainda acham que é injusto passarem pela vida sem serem amadas.

CARLOS CUNHA

Visite a página do autor clicando aqui

CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

dacunha_jp@hotmail.com