"Estudos destacam os prejuízos do tabagismo passivo
Pesquisas recentes atestam os prejuízos do tabagismo passivo. Estudo realizado na Nova Zelândia e publicado no British Medical Journal diz que o risco de morte por doenças relacionadas ao fumo entre não-fumantes que convivem com fumantes é 15% maior do que entre aqueles livres de ambientes de cigarro.
Outra pesquisa, realizada pela Universidade da Califórnia em Riverside (Estados Unidos) entre 1998 e 2003, descobriu que o número de internações por enfarto nos hospitais locais caiu 40% nos meses de junho a novembro, depois que o fumo foi proibido em lugares públicos da cidade vizinha de Helena por um período de 2002.
Já um estudo conduzido pela Universidade do País de Gales e publicado na revista BMC Cell Biology sugere que o fumo passivo destrói células necessárias para curar ferimentos. Descobriu-se que os fibroblastos, células que compõem alguns tecidos, se tornam mais aderentes porque a exposição ao cigarro altera a sua estrutura química. Assim, além de atrasar a recuperação de um ferimento, o fumo poderia provocar uma cicatrização ruim em fumantes passivos, com as células ainda concentradas na beira das feridas.
Deborah Arnott, diretora da organização antifumo britânica Action on Smoking and Health, descreveu as pesquisas como "três provas fundamentais para que se adote medidas mais rígidas contra o fumo passivo". "É cada vez mais urgente a questão de se proibir o fumo em locais de trabalho e lugares públicos fechados", afirmou Arnott.
Fonte : BBC Brasil Notícias, 14/04/2004
INSTITUDO DO CÂNCER, ATUALIDADES SOBRE O TABAGISMO
DEZ RAZÕES
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