Tenho reescrito o meu estado de ânimo dezenas de vezes, refazendo as frases, substituindo as palçavras, mas tudo dá na mesma experiência. Estou como alguém que, de repente, além de sobreviver à tempestade, a despeito de muitos raios caírem bem próximo à minha trajetória, se sente alerta, vivo, atento, acreditando na hora da mudança, no que ela representa para tanta gente que viveu esse tempo todo olhando para baixo, falando por metáforas, com um desânimo sombrio estampado no rosto.
Voltam as cores, saem os tons pastéis. Voltam os ruídos, sai o silêncio pesado e acabrunhador. Volta o otimismo, sai o pensamento negativo.
Volta o amor, sai o ódio.
Volta a luz, saem as sombras.
Volta a vida, sai a morte.
E você que aí está calado, o que prefere?