O mundo não está pelo avesso, minha linda... Talvez você é que esteja e nem percebeu ainda, perdida que está nesses devaneios da adolescência.
Olha, menininha, aos 23 anos, não me julgo tão vivida assim. Eu, como todo mundo, ainda sonho... E muito!
Acho que na sua idade eu também era assim, como você: colocava os meus sonhos e a minha felicidade nas mãos de outras pessoas, ou num ”possível príncipe encantado”.
Só não vivia declarando isso por aí, muito menos para o mundo da Internet.
Conheço meninas de sua idade que, simplesmente, abandonam o mundo “real” e se perdem nestas fantasias internáuticas, procurando um outro mundo que leva a NADA. Pois não existe.
Aqui é um mundo de mentiras e ilusão, onde as pessoas mostram a face do que gostariam de ser. O que, normalmente, é o contrário do que realmente são.
Diz você que eu “julgo ” sem saber, sem conhecer... Mas não é o que todos fazem por aqui?
Quem se conhece, não precisa comunicar-se pela Internet. Encontra-se numa sorveteria, toma umas cervejinhas ou refrigerantes e vira a madrugada num papo gostoso, esquecendo de guerras, terrorismo, racismo... Brinca, conta piadas. E ama o máximo que pode.
Quanto ao amor de que você fala, mocinha linda, não creio que alguém se afaste de uma pessoa para não machucá-la.
Ame a pessoa certa. Talvez alguém de sua idade, que as coisas talvez dêem mais certo. Não vai muito nessa jogada da”Malhação”e das “novelas da Globo”, que a coisa ali é bem fora do real.
Eu não ri de você. Nem acho nada engraçado no que escreve.
Apenas percebo que está deixando passar os melhores momentos de sua vida para”brincar de amor”. E isso é coisa para gente grande.
Você embola um pouco as coisas, quando diz que a vida não é nada sem amor. Na verdade, quer dizer que a vida nada é sem “ilusão”, que é o que você vive. Seja com o seu professorzinho, seja com o gerente do banco, seja com o rico comerciante de olhos azuis, ou com o dono da agência de automóveis da esquina, grisalho, que sai cada dia com um carrão.
Vê como você é imatura? Dizer que “não existe amor perfeito”... Você confunde as coisas. O AMOR é perfeito em si mesmo. Ou não pode ser classificado de ”amor”.
Você sabe, nós duas sabemos, que eu tenho razão.
Tem pena de mim, porque morro de medo de amar?
Agora, sim... Tive de rir. E achei muita graça...
Ter medo de uma bomba, de um envelope branco, de temporal inesperado, eu até aceito e confesso que tenho. Mas, MEDO DE AMAR?
Viu? Mais uma vez você confundiu as palavras. Acho que quis dizer “medo de se envolver”. Ah, isso eu tenho, sim. Principalmente quando um apaixonado meu é casado, ou pertence a outra. Isso dá um tolo, menininha... Mas, medo de amar é impossível. O amor chega e nunca avisa. Quando nos damos conta, ele já se instalou inteirinho no coração. E não faz sofrer não, menina... Modifica a nossa vida, de tal maneira que nos sentimos detentoras do maior poder do mundo. Falo aqui do amor real, não dessa ilusão aos dezesseis aninhos, que também ajuda muito a viver. Mas quando você crescer verá que tudo é bem diferente. Então, dará gargalhadas de si mesma e saberá que tenho razão.
Minhas filosofias não são baratas e você bem sabe, são “batata”...
Com dezesseis anos você somente “pensa que sabe o que quer”... O futuro lhe dirá quem tem razão.
Quanto ao resto... Desculpe se ofendi a sua “veia de escritora”. Não tive essa intenção. Vou entrar na página e mudar a linguagem que tanto te ofendeu.
Será que virou mania minha, agora, ofender as pessoas, sem ter essa intenção, droga!