Domingo é metade Domingo mesmo e a outra metade Segunda-feira(é estranho escrever isso numa quinta, seria prazer ou sofrimento antecipados?) a tristeza é mais azul que nos outros dias, mas o sorriso é mais profundo, quando existem motivos para tal alegria.
O Domingo é o dia dos almoços em família e talvez por isso para aqueles que não tem família ou que não tem mais o desfrute da companhia em profusão de suas familiares a sua volta seja o dia mais doloroso e melancólico que existe, em todos os outros dias da semana a gente finge, esquece, esconde de si mesmo, mas no domingo a gente lembra, fica de frente com o presente.
Domingo é fila no cinema, passeio no parque, pirulito para as crianças, sorvete para os adultos, antigamente quando a vida era mais lenta e mais simples era dia de coca-cola, aquele de casco de vidro, no domingo parece que a cidade toda está de folga, paramos o carro em qualquer lugar, domingo não é só um dia, é um sentimento.
Domingo é o dia mais poético de todos, porque ao mesmo tempo em que estamos muito dentro de nós, estamos também sempre sonhando, planejando o futuro, ou pelo menos o que faremos a partir de segunda-feira, mas as promessas de Domingo são as mais oportunistas e mais difíceis de serem compridas, os outros dias da semana não colaboram.
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