Umas horas sem a sua companhia, claro, meu coleguinha "belos tempos", não tem a mesma tranquíla-pressão, aquele bem estar de alma e corpo que até mesmo às vezes doendo dá um gozo do caraças. Sem você a meu lado até o ímpeto de me enviar pelos olhos das gajas dentro perde a fantástica emoção a que me habituei. O que faço, para que você veja e avalie minha perfomance, dilui-se naturalmente sem a sua presença, esfuma-se, esgota o açucar que me adoça as acções.

Garanto-lhe, querido amigo, que isto por aqui está a melhorar. Mesmo de olhos fechados defronte ao monitor, um gajo sente-se esplendidamente bem.

Hoje, vi uma coisa que me deixou fortemente comovido e finalmente convicto de que terei um futuro com fim apetecível. Vi um paralizado numa cadeira de rodas a levar com umas quantas bocas seguidas da enfermeira, bocas daquelas que realmente valem a pena... Até mesmo paralizar para experimentar tão deliciosa mensagem.

A gaja que não tem cessado de lhe dar cabo do miolo, adoptou agora uma nova forma de negacear seus atentos leitores. Como se sentisse mínima entre tão deslumbrante gigantismo, zás, começou a colocar os títulos das caganitas em tipo de letra miudinho. A gaja é deveras espertalhona. Descobriu que a presunção disfarçada de humildade produz a atracção. Esta tipa, se não fosse tão gorda, dava uma política fora do comum.

Por essa linda Lisboa... Vai tudo bem?... Espero que sim. Conte-me coisas, querido amigo.

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Tadeu Sem Guiador