Quando ganhamos passamos desapercebidos pelas lições, as derrotas tendem a nos ensinar mais, o abandono nos ensina o valor da companhia, o tarde demais o valor do tempo, o pra sempre o valor dos sonhos, dos planos, do que acreditamos, o incerto.
Hoje o que tenho comigo é uma saudade infinda, em diversos “compartimentos” da minha bagagem, é um não entender de coisas que ousei pensar conhecer, não, sou apenas uma aluno, cada vez mais aluno.
Vendo a porta fechada pra tantas coisas, uma maré imensa de “não”, de perdas, até chorei, mas não tenho do que reclamar, eu ganhei “um” sim, apesar de cortes profundos, que sequer cicatrizaram, e ainda ardem, queimam por dentro, doem, eu tenho o meu “sim”.
Se eu digo te amo é assim que sinto, sei que mesmo distante, vou estar lá, que quando procurar, vou estar lá, que quando quiser um abraço, vou estar lá, que quando quiser um amigo, vou estar lá, que quando ouvir seu não, vou seguir, vou tentar, vou conquistar teu sim, mesmo que se feche, eu espero o tempo certo, e no instante preciso pra se abrir, vou estar lá.
É quando respiro fundo, que percebo as coisas lindas que trago comigo, que vejo o valor de tudo que sinto e vivo. Dói muito a indiferença, mas nunca quis ser igual, ser mais um na vida de alguém, e nessa hora sou a diferença. Não cobro pelo amor que dou, dou porque assim me sinto bem, se tivesse mais, daria mais. Não temo pela intensidade da vida, a persigo. Sei que levei um tombo a pouco, que um certo silêncio cortou aqui dentro, mas busco estar em paz, pra quando precisar, eu estar lá. Se o tempo não acertar tudo, eu paro ele e me acerto.