Depois de enlouquecer mais de mil vezes, pensei no sentimento que se reparte inteiro, nas mãos que não se aquietam e nem se sentem sozinhas. Pensei nas palavras ditas, outras silenciadas... no olhar que diz tudo, na verdade da hora, apenas da hora... em poucos instantes vira passado... Pensei em tudo, nas respostas distorcidas, nos cheiros ocultos, nos planos, nas fugas, nos náufragos sonhos sem mim... Lembrei da tua vontade de descobrir novas grutas e eu toda aberta, querendo explodir. Lembrei das paredes, da veia exposta, das meias mentiras pra me confundir. Verdades que pesam no dia a dia, com todos os pontos de solidão. Lembrei das cores do arco íris, sincronizadas na nossa alegria, mas lembrei também das várias desculpas, nas fugas derradeiras que magoam, sem sabermos o porquê. Em teus braços, reencontrei a poesia que agora se cala, sem ter pra onde correr... descobri a dualidade entre a paz e a guerra, que habita o meu coração.
Mas se foi só fantasia, porque não terminamos então? Com todo o requinte de uma despedida, com trajes e seitas malditas, levando de vez, todo o nosso tesão...