Taxa de desemprego cai pelo 4º mês consecutivo e fica em 18,3% em agosto
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo caiu pelo quarto mês consecutivo em agosto e ficou em 18,3% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto. O número de desempregados foi estimado em 1,836 milhão de pessoas - nove mil pessoas a menos do que no mês anterior, quando a taxa registrada foi de 18,5%. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira pela Fundação Seade e pelo Dieese.
Foram criados em agosto 68 mil postos de trabalho, mas 59 mil pessoas entraram no mercado de trabalho para buscar emprego. As vagas foram criadas pelo setor de serviços, que empregou mais 53 mil pessoas. A construção civil e o emprego doméstico geraram juntos 33 mil vagas. A indústria apresentou estabilidade e abriu 4 mil novas ocupações. O comércio foi o único setor que fechou vagas em agosto: 22 mil.
Nos últimos 12 meses, foram criados na Região Metropolitana de São Paulo 321 mil postos de trabalho. O setor de serviços foi o campeão, com 203 mil novas vagas, seguido por indústria (124 mil) e comércio (4 mil). Construção civil e emprego doméstico fecharam 10 mil empregos no período.
O crescimento do rendimento médio real do trabalhador foi interrompido em julho. O rendimento médio dos ocupados caiu 0,4% em relação a junho e ficou em R$ 1.008. O dos assalariados recuou 2% e baixou para R$ 1.047. O rendimento médio real dos autônomos subiu 3,2%, para R$ 731.
Na indústria, o rendimento caiu 4,4%, para R$ 1.159. Nos serviços, houve queda de 1,2%, para R$ 978. Já no comércio foi registrada alta de 2,1%, alcançando R$ 750.
Boletim Época, 28/09/2004
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT816546-1662,00.html
É uma triste repetição que vem ocorrendo desde muito tempo. E o trabalhador empregado é sempre o que mais perde.
E o pior é que a "Renda despenca pelo 7º ano seguido" (Globo on line, 30/09/2004).
Vejam a matéria de 5 de março:
BRASILEIRO CADA VEZ MAIS POBRE
Matéria do Jornal da Globo confirma que o brasileiro continua empobrecendo.
“Dois índices divulgados hoje mostram os resultados da queda da renda aqui dentro e do aquecimento das nossas exportações.
A indústria automobilística brasileira está voltando as baterias para o mercado externo. Os números de vendas da Anfavea mostram uma queda de quase 8% no primeiro bimestre de 2004 na comparação com o mesmo período do ano passado.
Já as exportações, em valor, subiram de pouco menos de 615 milhões para 940 milhões de dólares. Quase 53% de aumento, ou seja, o brasileiro não está comprando tanto -- mas a produção continua em alta para atender o mercado externo.
Isto é confirmado pelo indicador de atividade industrial da FIESP, que registrou alta de 7,5% no item material de transporte.
A indústria têxtil foi o setor que mais cresceu no estado de São Paulo, 10,5%, de novo, por causa das exportações. Na média, a indústria paulista teve aumento de 1,8% na produção”.
Jornal da Globo, 4 de março de 2004.
Os números mostrados retratam uma triste realidade: a população está cada vez mais pobre O crescimento econômico é de uns poucos que atendem o mercado externo. O interno está cada vez mais fraco. Para o FMI isso é o ideal. O governo está cumprindo as metas estabelecidas. Contém gastos empobrecendo a população, enquanto as grandes multinacionais aqui estabelecidas crescem.
05/03/2004
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