A despedida de Daniel Fiúza; Para os amigos e leitores.
Autor: Daniel Fiúza.
28/09/2004
O senhor Waldomiro
Fez um gesto teatral
Tirando os não assinantes
Sem um aviso formal
Quem construiu e divulgou
Mesmo sendo fundador
Transformou-se em jogral.
Gesto ditatorial
No veto da ingratidão
Não mandou aviso prévio
Fez tudo de supetão
Mandou todo mundo embora
Esquecendo de outrora
Quem antes lhe deu a mão.
Achou nessa solução
Que resolveu seu problema,
Do direito adquirido
Esqueceu até do tema
Simplesmente deletou
Nenhum aviso mandou
A ditadura foi o lema.
Matou e foi ao cinema
E tem gente que gostou
Pra se livrar de alguns
De todos já se livrou
Gente boa foi embora
A arte perde e chora
Só Waldomiro ganhou.
Mais uma vez triunfou
O comércio nessa parte
Morreu poeta e artista
Assassinaram a arte
Em nome do vil metal
Mercantilismo fatal
Todo o resto é descarte.
Levantaram o estandarte
E os tambores rufaram
Waldomiro e sua turma
Na certa se deleitaram
Com uma penada apenas
Tiraram todos de cenas
Deixando os que pagaram.
Aqueles que concordaram
Vão sentir a diferença
Caindo no ostracismo
A perda será imensa
Pra todo mundo é ruim
Será o começo do fim
A decadência da crença.
Quem nos outros não pensa
Fazendo absolutismo
Numa grande intolerância
Negando o catecismo
Valores irá perder
Se nunca se arrepender
No seu obscurantismo.
Depois desse despotismo
Parto sem dizer adeus
Pros colegas e leitores
Que fiquem todos com Deus!
Foi bom enquanto durou
Alguma coisa ficou
Com alguns amigos meus.
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