Quando recebo e-mail com elogios, evidentemente sinto-me feliz; se são de teor ameaçador, acho-lhes graça; com comentários críticos de contragosto,
ou seja, dizendo que só escrevo merdas...
Ah! Este último, embora raro, só me enternece. Sim, pois leio-lhe nas entrelinhas:
"Querida, por favor, dê-me um pouquinho de sua atenção, de seu tempo..."
Só que o angustiado coitado, em questão, não me declara um nome sequer, para que eu saiba que existe. Por isso, fico enternecida.
Quero dizer, com isso, que e-mail algum consegue me aborrecer ou estragar-me o bom-humor.
Mas, o que recebi há pouco, é diferente.
De alguém que, realmente, deve subestimar minha inteligência tão bem dotada.
Digo isto, pela ingenuidade da proposta, por sinal, tão mal redigida:
everaldorutw@bol.com.br wrote:
Mensagem referente ao texto Não Chores! - Infantil.
Prezada escritora,
Sou editor de um jornal em São Paulo, e gostaria
de contatá-lo pois gostaria de lhe oferecer uma
coluna remunerada semanal, pois achei seus textos
muito bons.
Você poderia me passar mais dados sobre você?
Atenciosamente,
Everaldo
(com os devidos erros e repetecos)
Comunico a esse tal Everaldo - deve ser um nome falso - que por enquanto, ainda não estou "matando cachorro a grito, nem urubu a paulada"...
Sim, porque o ingênuo tem o cinismo de me pedir dados, mas não dá nenhum de si mesmo, muito menos o nome do "tal jornal"...
Se eu quisesse ter alguma coluna em jornal, meu amado fã, já a teria, e há muito tempo!
Não gosto de compromissos. Já bastam os que tenho atualmente.
Por fim, devo dizer-te: sei muito bem quem és, tua curta inteligência, e falta de estilo, te denunciam!