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Cartas-->Que maravilhosa asneira = Aos coríntios !... -- 13/10/2004 - 14:22 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Apre... Arre... O que um ceguinho acabado de chegar é capaz de escrever... E escrevi eu isto há quase três anos...

Feitas as contas, faço à vontade 200 operações destas, segundo a minha disponibilidade diária.

Arder esrevendo, é bom, quer na emoção que provoca a brusca alternância dos nervos, quer na esplendorosa suavidade das sensações agradáveis em que se flui. Arde-se sem dar por isso. É magnífico, pois então não é?!

Mas, aqui e nesta vertente, o "arder" é outro, ou melhor, a combustão é outra: trata-se nominalmente de Milene Arder, uma prolífera escritora de prosa e poesia na nossa Usina - será nossa? - estando eu a considerar uma pessoa que escreve plena de defeitos e de virtudes, muito além daquele letárgico quotidiano da sensatez hipócrita, essa grilheta que finge que é livre e está permanentemente agrilhoada em si mesma. Estou pois a tentar traduzir uma personalidade que dá luz após ser tocada pelos polos negativo e positivo da nossa paradôxal existência, magnífica e cruel, inclusive, tem a particularidade "sui generis" de dar luz por si mesma. Acende e apaga seu próprio interruptor como bem lhe apraz ou lhe dá na gana. Não tenho, como soer é dizer-se, o prazer de conhecê-la pessoalmente e com a sua obra o contacto é por enquanto exíguo, mas pelos pingos de chuva "gelados-frios-mornos-quentes" a que tenho submetido o miolo, não me escondo atrás da porta para afirmar que leio uma escritora e poetisa - parece-me que ela não gosta muito que a designe assim - de excelente qualidade, cujo currículo na sua exacta extensão não conheço, o que não evita reconhecer-lhe, na área que abordo, capacidade e mérito reais. Quando for mais longe com os olhos sobre as suas letras, presumo que irei dar de caras com um estilo que não se amolda dentro do "cassetismo" que posa de mão no queixo ou põe colar de pérolas para tirar a fotografia, defeito e virtude onde Deus e o Diabo se misturam esplendidamente. Claro, a Milene, deduzo, sabe de pele que um e outro se escrevem com "D".

A Usina não é adequada para expor textos longos e eu já me alonguei um pouco. Disse entretanto só um nadinha do que sinto sobre Milene Arder, "aos ventos que passam"!...


Bem... Proveitosamente, pelo menos, ficou-me daqui o escaldão espiritual advindo de quem, então como eu, voluntariosamente se oferece para ser asno, do qual, neste preciso momento, ao reler-me, dá-me a impressão que tenho paladar nos dedos e estou a experimentar um refinadíssimo gosto azedo...

Poderia agora presumidamente defender-me, porque o improvisado texto tem de facto laivos de profunda ironia, que fui então irónico deveras, mas não. Na altura exprimi-me levianamente verdadeiro. Que maravilhosa asneira!...

Torre da Guia




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