Hoje é sábado e eu estou aqui relembrando fatos passados, fiapos de conversas mantidas com amigos que agora, por contingências da vida, andam meio distanciados, embora vivendo aqui nesta nossa "loira desposada do sol".
É novembro, o "sábado do ano", conforme o amigo Frota Pinto. Pensando bem, sentindo a aproximação do Natal, das festas de fim de ano, nas formaturas, nos presentes, nos cartões, nas promessas que fazemos a nós mesmos de que haveremos de nos emendar, de sermos outra pessoa: mais séria, mais decidida, mais pragmática, menos dispersiva, a gente pode entender dessa forma: novembro é o sábado do ano, a véspera do domingo anual que seria o mes de dezembro, com toda a sua vibrante série de festividades, culminando pela festa da cristandade, o nascimento de Jesus Menino.
Lembro, por outro lado, as reuniões, os jantares, churrascos e almoços à beira da piscina, o vozeirão do Borjão enchendo o ar de canções românticas.
E as horas voam nas doces recordações, assim como voaram no tempo em que os fatos ocorreram.
No meio de tudo, delírios, alegrias, risos, ditos jocosos, falsidades, maledicência, pois a vida é feita desses retalhos que compõem a alma humana.
E eu aqui neste sábado de novembro, aguardando que a vida nos traga uma surpresa.