CURSO DE PARAPSICOLOGIA DO PADRE QUEVEDO : FARSAS E MENTIRAS CAEM POR TERRA
Texto baseado no depoimento de Nelson Santana, Autor do Livro : “Uma Fraude Parapsicológica” ( Obra que critica a pseudo-parapsicologia do Padre Quevedo ) :
“A quem interessar possa, venho, como aluno que fui do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, registrar tópicos do curso que freqüentei, assiduamente, ministrado pelo padre Oscar González Quevedo SJ ( jesuíta ) em tradicional Educandário de Porto Alegre, de 18 a 22 de agosto de 1980.
Lá escutei ( é melhor escutar isso do que ser surdo ) declarações do Padre Quevedo, o qual será identificado pelas iniciais P.Q. As alíneas seguintes, contendo tais declarações, serão respondidas uma a uma, e iniciadas pelo termo “REFUTAÇÃO” :
A) P.Q. : “Há dez anos venho desafiando oradores espíritas para debates e todos me evitam e fogem...”... “Já tive um debate com Chico Xavier e o Dr. Waldo Vieira. Chico titubeou e não soube responder. Waldo Vieira fugiu e voltou um dia após minha partida de Uberaba, todo assustado”.
A.1) REFUTAÇÃO : Apartei, de público, o Pe Quevedo, indagando-lhe sobre a data, a hora, o local do aludido debate com o Chico Xavier e Waldo Vieira. Foi então que o padre titubeou e não soube responder, alegando não lembrar-se desses detalhes ( estranho esquecimento, não... ??? ).
B) P.Q. : “O Brasil é o país, no mundo todo, com o maior número de loucos. Principal culpado disso? O Espiritismo de Allan Kardec!” “O Espiritismo de Allan Kardec é uma verdadeira fábrica de loucos”.
B.1) REFUTAÇÃO : Trecho do Livro ESPIRITISMO E LOUCURA, do Dr. Carlos Imbassahy ( pagina 16, Editora, São Paulo, 1949 ) :
“Em uma estatística publicada pelo Journal of the A.S.P.R - American Society for Psychical Research, 1922 ( portanto contemporânea dos dados levantados por Quevedo ), extraída das estatísticas daquela Instituição, numa terra, pois, onde se diz, há maior número de Espíritas de todo o mundo ( Brasil ), viu-se que em 100.000 loucos, de todos os tipos, nenhum foi classificado como louco espírita.
Em monografia publicada por G. Gobron, intitulada – L’Enquête du Sunday Graphic, pergunta ele :
“As práticas mediúnicas arrastariam à loucura? E responde, baseado no resultado da enquête :
Nada mais fantasista !!! A mediunidade praticada com discrição, conhecimento e humildade é, ao contrário, benéfica. A percentagem de loucura entre os espíritas – fato demonstrado pelas mais recentes estatísticas – é inferior a das demais religiões e é a metade do desequilíbrio mental que, infelizmente, existe entre os sacerdotes e fiéis das igrejas católicas e protestantes”.
Sem possuir o poder de ofertas gratuitas, oferecemos ao Padre Quevedo apenas um conselho, de graça :
Cuidado, reverendo ! Porque senão quem terminará no Juquery, não seremos nós...
C) P.Q. : “Chico Xavier jamais escreveu, psicograficamente, uma linha sequer em inglês ou outro qualquer idioma, a não ser em português”.
C.1) REFUTAÇÃO : Autorizado, subi ao palco e provei-lhe, com o Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, que Chico Xavier não só havia psicografado em inglês, mas às avessas, isto é, para se ler, tem-se que usar um espelho ( mediunidade especular ). Conforme lhe disse, trata-se de um fenômeno que nem ele, Quevedo, nem outro mágico qualquer consegue imitar.
Obs. : Tal fato ocorreu na Escola Politécnica de São Paulo. Chico Xavier surpreendeu cientistas ao psicografar uma mensagem em inglês de trás para frente, obrigando o uso de um espelho para ser lida. O papel e o lápis, para não deixar suspeição, foram cedidos pelo Dr. C. G. Shalders."
O Dr. Shalders, além de lente da Escola Politécnica de São Paulo, foi distinguido com o título de Doutor "Honoris Causa" e de "Professor Emérito" da USP.
D) P.Q. : “A comunicação dos espíritos dos mortos é impossível”. “O fenômeno psi-theta ( psi = mente; theta = morto ), tido como comunicação do espírito do morto, há vários anos está desacreditado, pois J. B. Rhine pulverizou a tal comunicação dos mortos”.
D.1) REFUTAÇÃO : Com referência ao fenômeno psi-theta ( comunicação dos mortos ), esclareço que Dr. J. B. Rhine, fundador da Parapsicologia Moderna, à página 176, do Livro “New Frontiers of the Mind” , Pág. 176”, assim discorre :
“ O que, até então, descobrimos nas pesquisas atinentes à percepção exta-sensória séria, pelos menos, favorável à possibilidade da sobrevivência do indivíduo depois da morte, isto é, tal sobrevivência importaria, naturalmente, numa existência sem os órgãos dos sentidos, sem sistema nervoso e sem cérebro.”
Ora, Rhine alude a “existências sem órgãos, sistema nervoso e cérebro”, ( Ele estava se referindo à matéria que constitui os corpos humanos ) ou seja, ESPÍRITOS que estavam sendo percebidos pela abrangência de seu Campo de Estudos e da sua Equipe ( !!!!!!!! )
São também de Banks Rhine as declarações :
“ O caso que mais prende atenção é aquele em que o propósito manifesto por trás do efeito produzido é tão especialmente o de personalidade falecida, que não é razoável atribuí-lo à atuação de qualquer outra fonte”. ( J.B. Rhine. "O novo mundo do Espírito”, Ed. Age - São Paulo, Página 270 ).
“ No curso de 75 anos de tais estudos de mediunidade alguns dos sábios mais eruditos do mundo, bem como inúmeros outros de menor reputação, convenceram-se de constituírem-se essas mensagens – pelo menos em parte – prova aceitável da existência continuada de personalidades incorpóreas, de almas sem corpo.” ( J.B. Rhine. "O Alcance do Espírito", Besteseller Import. de Livros S.A. - São Paulo, Pg. 206 ).
A clareza desses pronunciamentos acima dispensa qualquer comentário.
Há ainda muitos outros disparates. Mas acredito que os acima citados dão uma pequena idéia das artimanhas e engodos a que estão submetidos aqueles que se propõem a assistir a essas aulas, supostamente de Parapsicologia, ministradas por Quevedo. Talvez, o nome desse curso seria mais apropriado se fosse : “Curso de como combater o Espiritismo, mesmo usando de mentiras e das armas mais sujas !!!”
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Ante isso e muito mais que não caberia neste espaço, redigi uma carta endereçada ao padre Quevedo, visando com ele colaborar para encontrar-se com os oradores fujões. Entreguei-a pessoalmente ao destinatário, no palco, perante algumas centenas de alunos do curso, no dia 22 de agosto de 1980, às 22h50. Sintetizei, de público, seu conteúdo :
1) Propus que ele elaborasse uma agenda, dentro de dois meses, indicando datas e horários para, num período de 12 meses consecutivos, uma vez por mês, enfrentar oradores Espíritas ;
2) Eu escolheria os oradores, os locais e providenciaria os eventuais patrocinadores ;
3) Os debates seriam em Porto Alegre, pela TV e rádio, com permissão ao público de formular perguntas.
Porém ...
O PADRE QUEVEDO NÃO ACEITOU DEBATER !!!!!?????
Ponderei que viesse menos vezes, mas que não recusasse, porque, afinal, o desafio havia partido dele. Mas, de microfone em punho, ele reiterou, para a surpresa de todos os presentes :
“Não aceito debater !!!”
ORA, PADRE QUEVEDO, AFINAL DE CONTAS, QUEM É FUJÃO AGORA ???!!!
CONCLUSÃO :
Recomendo ao Pe Quevedo mais cautela e moderação em suas afirmações, pois o povo anda em busca da verdade e, embora seja tolerante, não é bobo e poderá acabar concluindo que o tal curso ministrado pelo padre Oscar González Quevedo é o mais recente conto do vigário.”
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