À GUISA DE RETORNO
Aqueles que agora me lerem, se não sabem, ficam a saber: após um período pouco assíduo, estou de volta mais frequente ao apaixonante exercício de escrever na Usina de Letras, entidade literária em que muito me orgulho e entusiasmo de participar desde as 02h44 de 21 de Dezembro de 2001, momento em que efectuei a minha primeira inserção com o poemeto "Mulher" na rúbrica de "Poesias".
Se porventura alguém se desse à extenuante tarefa de percorrer e analisar as minhas 8.436 inserções, iria constatar, entre a volumosa amálgama de escritos, ilustrações, música e movimento, o bom e o mau em complexa irmanação, algo que em súmula se equaciona numa só palavra: VIDA !
Por tudo, ora fui considerado, louvado e elogiado, ora fui desprezado, censurado e maltratado. Inclusive, chegou-se ao ponto de afirmar, conforme se pode conferir em sabujas teclações que ainda não foram eliminadas, que eu não sabia escrever. Por aí, ironicamente pois, se pode concluir que nos três anos que levo como usineiro, aprendi deveras bastante.
Todavia, em sincero cômputo pessoal sobre a vertigem literária em que estive envolvido, tendo em conta a enorme quantidade de participantes da mais diversa índole e o seu maioritário exercício anónimo acobertado por supostos nomes, devo referir que estou largamente satisfeito e muito especialmente reconhecido à equipa mentora desta surpreendente tribuna de expressão livre.
Confesso, imaginando-me no lugar de WALDOMIRO GUIMARÃES - que considero senhor de uma personalidade heróica - que teria decerto perdido a cabeça sem remédio e tinha mandado toda a esconsa problemática confrontante às malvas. Entretanto, para bem da Lusofonia, a USINA existe, insiste e persiste.
Minhas Senhoras e meus Senhores vamos pois continuar a escrever entusiasticamente, seja qual for o desígnio de cada qual. Por minha parte, eis-me, estou de retorno a mais assídua intervenção.
António Torre da Guia
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