SÃO PAULO – Os serviços encarecem a vida do paulistano e o telefone está entre os seis itens do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) responsáveis por 35% dos gastos do cidadão, é o que informa o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). E para 2005 a previsão é de gastos ainda maiores com telefonia.
O aumento do custo de vida na cidade de São Paulo tem sido alimentado pelos preços administrados. Os itens dessa categoria embora representem apenas 3% do total de itens pesquisados, foram responsáveis por 44,5% da taxa acumulada em 2004 pelo IPC da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O telefone está entre os seis itens responsáveis por 35% do índice. Outros cinco são: energia elétrica, água e esgoto, gasolina, planos de saúde e educação.
Em 2005, a telefonia também deve contribuir para a alta de preços, pois está previsto seu reajuste pelo IGP-DI da FGV, informa o Idec. O índice é fortemente pressionado pelos preços no atacado, como os do aço e do petróleo. Isso quer dizer que os reajustes do telefone serão influenciados pela cotação de produtos de exportação no mercado externo, um setor que não está relacionado ao cotidiano do consumidor.
Por esse motivo, o Idec quer rediscutir os critérios de reajuste dos serviços públicos, pois considera descabível a utilização de um índice para reajuste que desconsidere a inflação ao consumidor. Em nota oficial, o instituto recomenda ao consumidor a manifestar-se contra os reajustes absurdos, boicotando os serviços de telefonia e manifestando sua insatisfação. O site do Idec permite o envio de cartas a autoridades, à Anatel e empresas. A campanha já registra 11.970 e-mails enviados contra a cobrança de assinatura de telefone e o reajuste das tarifas pelo IGP-DI.
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