O Banco Mundial estima que 200 bilhões de dólares são gastos em função dos malefícios causados pelo tabagismo, levando-se em consideração as mortes prematuras, incapacidade para o trabalho, aposentadorias precoces, adoecimento, faltas ao trabalho entre outros.
A receita proveniente da taxação do tabaco, a geração de empregos e as exportações são argumentos fortes empregados pela indústria fumageira, nas quais muitas vezes os dados econômicos são superestimados, o que dificulta as ações de controle do tabagismo.
O Brasil é o maior exportador e o quarto maior produtor de tabaco no mundo, ficando atrás somente de China, EUA e Índia. A taxa sobre a comercialização do tabaco brasileiro é de 73,55%, estando abaixo de países do primeiro mundo onde este índice pode atingir 83%, como é o caso da Dinamarca. No entanto, ainda é considerado alto e representa importante fonte de receita fiscal. Porém, os gastos sociais, embora não mensurados em nosso país, superam em muito essa arrecadação. Nos países onde já foram realizadas pesquisas, ficou comprovado que para cada dólar arrecadado com a taxação do tabaco, perdia-se um e meio.
Para um mundo sem tabaco se faz necessário uma mobilização global, de forma esclarecida, em que políticos, profissionais das áreas de saúde e educação, grupos de voluntários, igrejas, meios de comunicação e outros segmentos da sociedade atuem como fortes agentes de mudança social e comportamental, visando à prevenção e o controle do tabagismo e a melhoria da qualidade de vida de nossa população.
Fonte : Prof. Celso Conegero (UEM), Doutor em Ciências e presidente do Lions Clube Maringá Universitário-Integração