No Quadro de Avisos 2, inserido por (Elisanto)-Elias dos Santos Silva, deparou-se-me a seguinte informação-convite:
Conheci, recentemente, atendendo a um pedido via e-mail, um site denominado "www.usinadaspalavras.com" (sem br) e confesso ter ficado impressionado com a qualidade do mesmo. É uma página com as mesmas características da Usina de Letras, porém bem melhor e mais barato. Mandei boa parte dos meus textos pra lá e, assim que acabar meu tempo por aqui, me mudarei em definitivo. Talvez lá não existam Poetas sem limites (ou sem cérebro, talvez) nem fraudadores de placar. Visitem a página e me digam se não é de fato melhor.
Ora, nada contra ou, por enquanto, algo a favor do anunciado pelo usineiro Elias dos Santos Silva. Visitei o site, ainda diminutamente frequentado - terá somente alguns dias de exposição - e surpreendeu-me sobretudo o frontal plágio que faz à mecânica funcional da nossa Usina de Letras. Interrogo-me até se no Brasil é possível e legal fazer tal como está. As rúbricas literárias e os diversos itens de movimento são uma cópia exactamente idêntica aos elementos que a Usina aplica. Todavia, embora refira este facto, trata-se de um assunto que a mim não compete com efeito agir.
A assinura anual é de 60 reais, menos cerca de 30% que na Usina, e só entra a escrever quem antecipadamente satisfizer o respectivo pagamento. Sequer um período de ensaio experimental se faculta aos eventuais aderentes.
Sou um liberal bem intencionado, capaz de avançar ou recuar segundo a equivalência vivencial em relação aos meus semelhantes. Tenho um problema: se avanço para espaço vazio, alguém surge de imediato intentanto fazer-me recuar. Se recuo, cedo constato que sou um parvo do caraças em fazê-lo. A outra parte não considera uma nesga mínima para que eu use da minha liberdade individual. Por isso às vezes pareço o que não sou.
Posto isto, considero que aqui nesta Usina, como só leio o que quero, sei de antemão que tenho liberdade de expressão absoluta como, aliás, qualquer um tem. Na outra, a das palavras, será para ver como será por lá o uso e o costume.
Boa sorte para os "figurões" que tentam a sorte à boleia da minha querida Usina de Letras. Pergunto: palavras, não serão bem mais perigosas do que letras? Só pergunto !...
António Torre da Guia
O Lusineiro
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