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Cartas-->Carta para duas pessoas distintas -- 26/05/2005 - 19:24 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje a carta vai para duas pessoas que nem mesmo se conhecem e que, na verdade, moram em lugares muito distantes um do outro. Têm, os dois, um traço em comum: gostam de navegar pela internet, de passear pelas páginas da Usina de Letras e, por causa disto, decidiram se inscrever entre aqueles que recebem um comunicado imediato sempre que escrevo um novo trabalho e o coloco na Usina.
Um deles, Fabrício, reside atualmente em Vancouver, no Canadá, é pessoa da minha estima e do meu conhecimento há muito tempo, casado que é com minha querida afilhada Márcia, que resolveu morar e tentar a vida no Canadá, levando seus sonhos para aqueles longínquos e frios recantos da América do Norte, com a esperança mesclada de coragem daqueles que desbravam e se aventuram garimpando as gemas preciosas que se engastam onde poucos tentam chegar.
Já faz algum tempo que eu não vejo o Fabrício, que não trocamos idéias sobre músicas, smooth jazz e tantos outros assuntos do nosso interesse comum. Eu, aqui mergulhado num trabalho intenso, diário, desafiador, resolvendo processos do país inteiro, lidando com as esperanças de tantos jurisdicionados, atravessando uma etapa a mais da minha vida.
Fabrício, por seu turno, atravessando a fase da adaptação do imigrante numa sociedade inteiramente diferente da nossa, com outros costumes, outra lingua, outros desafios e, graças a Deus, a julgar pelo semblante da querida Márcia que encontrei recentemente em Fortaleza, numa rápida viagem às plagas nativas, deve ter superado já os primeiros impactos da saudade, do medo, do desconhecido, da insegurança e, aos poucos, atingindo já a segurança de quem sabe onde quer chegar.
A outra pessoa, Roxana, uma linda e delicada boneca de carne, que trabalha eventualmente no meu gabinete aqui em Brasília, sempre com um sorriso nos lábios, sempre prestimosa, sempre afável, mas que em breve nos dará um CIAO, que espero nunca seja um adeus, pois ela soube nos cativar, a mim e à minha mulher, sem fazer esforço, apenas, sendo como é, delicada, alegre, educada.
Ao Fabrício e à Roxana, além do muito obrigado por se interessarem pelos meus garatujos, eu quero desejar muito sucesso na vida, muita felicidade, um futuro risonho, tranqüilo, repleto de paz e de conquistas.
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