Soltam-se os pensamentos
Em emoções gigantescas...
Fogo de artifício racional
Por cima das presumidas cabeças
De burro... Esse animal
De marsapo "à laise" quanto baste...
Coisa de um bracinho de bebé
Com cinco dedinhos na ponta... Né?!...
Ora, um poeta é
Um gajo vertical...
Um sorvedor fiel de sensações
Que deve transmitir decentemente
A toda a gente... A Salvé-rainha
O Padre Nosso
E o ai-Jesus-que-já-não-posso... Avé !...
Quantos poetas se transmitiram mal?
Verlaine, em francês...
Bocage, em português...
Bem... E qual foi o gajo que em chinês
Chamou puta à mãe?
Ah... Isso não sei...
Mas sei... Que um filho da puta
É exactamente aquele que tem pai e mãe
Originais na cabeça
E depois, sempre que lhe apeteça
Pega na puta a torto e a direito
E mete-a no cu... O céu da boca
Onde lhe aparece Deus inteiro
E perfeito !...
Neste momento fiz um pino
E meto no cu uma boa salada de pepino
Para matar a fome... E depois..
Tenho de cagar...