Li os três últimos poemas teus. Divinos...
"Pano de Chão"... Nossa! Dispensa comentários.
"De volta à vida"... é qualquer coisa de você mesmo.
Teu estilo se torna inconfundível, à medida que mais te conheço.
É como se eu estivesse aí, aninhada no teu coração, a desbravar
os sentimentos de tuas "demências mansas"...
Rememorando um pouco do teu último poema, aqui publicado:
"A casa precisa de reparos
(e eu nem reparei...)"
"assim como os amores ciumentos
que se perdem de mim
mas não gostam de me perder. "
"A cidade toda continua viva,
com suas ruas, praças,
seu burburinho,
o vai-e-vem de gente que não morreu
por algum tempo."
(Olympia Salete)
Esta é a minha doce amiga, Salete... Única...
Que fala com as plantas e entristece o "Rei Arthur", de vez em quando, seu cãozinho, sempre atento aos gestos seus.
Que faz paralizar o vôo de um beija-flor, para fotografá-lo.
Que se diz louca, por muito amar e se entregar inteira, na sua lúcida irreverência, ao objeto de seu irrequieto amor...
Quem mais poderia ser, senão Salete, a dama do amor?
Salete afirma, no poema que já citei:
"Tudo está aí,
tão bom!,
com saudade de mim. "
Sem dúvida que está tudo com saudades de ti, Sal!
Não só os pássaros, o cão, as praças e a cidade...
Estamos todos com saudades. Pois ficarás
"inquebrantável"
em nossa lembrança.