Como já em texto anterior denunciei, ontem, deparou-se-me repentinamente uma estranha anomalia: nas minhas páginas de EDITAR - APAGAR, em todas as secções, os meus títulos aparecem antecedidos das palavras PASSEI AQUI, como, por exemplo, assim:
PASSEI AQUI - A LUTA ! --- EDITAR -- APAGAR
PASSEI AQUI A FÊMEA DO SOL --- EDITAR -- APAGAR
PASSEI AQUI A Dúvida --- EDITAR -- APAGAR
PASSEI AQUI A Poesia, pois --- EDITAR -- APAGAR
Antes de ter tomado raciocínio claro, pensei logo que andava um gajo a lixar-me a minha querida lixeira. Por precaução, cheguei a mudar de senha e depois perdi um tempo do caraças a procurar a origem de tão estranha "PASSAGEM".
Expus de imediato o ocorrido através de e-mail à Administração e continuei a cogitar em cima da mesma preocupação.
Ontem, o acesso à internet brasileira estava demorado, as páginas não abriam e, quando tentava efectuar as inserções, após repetidas conferências e correcções, o mau efeito reproduzia-se tenazmente.
Por consequência concluí que as coisas estavam em mau dia - o que sucede muitíssimas vezes e ocasiões há até que julgamos que o defeito é dos outros e afinal é nosso - e optei por me entreter fora de linha.
Quando censuro ou critico estou naturalmente persuadido de que tenho razão e, nisto, detesto enganar-me para não me ver na obrigatória situação de pedir desculpas. As minhas desculpas doiem-me...
Aguardo pois que os mentores da Usina descubram a forma de eliminar o estranhíssimo PASSEI AQUI ou sobre o mesmo dar uma explicaçãozinha aos usineiros afectados.
Vem o exposto a propósito de uma coisa muito pior do que o PASSEI AQUI: fico com ganas de esfolar um leão logo que alguém começa a atirar a torto e a direito sobre a Usina. O pedacinho de mim que tenho na Usina é deveras muito sensível e delicado. Sinto mesmo que é um pedacinho que vai a extremos radicais. De resto não é curial que um tipo atire pedras contra a própria casa que habita.
Bem, se o gajo PASSOU AQUI, passou. Deixou a mensagem à guisa de tabuleta de rua. Só que, se num destes dias o tipo regressa e deixa escrito PASSEI OUTRA VEZ, ó caraças, vai pôr-me danadamente a rir com vontade não sei de quê.
Pronto. Vou fazer um poema: "PASSEI AQUI", e o título vai entre aspas, porque de facto até os autores desconhecidos merecem que se lhes reconheça esse direito. Mas lixam-se: não cobram direitos de autor.
António Torre da Guia
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