Retornando das férias, antecipando um pouco o dia da volta,nos conturbados rincões do Planalto Central, posso fazer um balanço dos dias agitados que atravessei em Fortaleza, bem diferentes daquilo que eu imaginava: não fui à praia um dia sequer; peixe, comi muito pouco; os netos, passando as férias em praias distantes,com eles eu pouco pude conviver, sendo que a minha neta querida nem em fotografia eu pude vê-la; mas, tudo bem, depois de alguns médicos, do dentista, de alguns processos para completar a pauta, de uma rápida ida à Fazenda que só deu tempo de ter alguns aborrecimentos, sobrevivi, estou aqui de volta contando a história das minhas férias, que ainda testemunharam a morte de uma criança com muitos anos de vida, um pássaro humano que passou pela vida indiferente aos tumultos, às ambições, às dúvidas, aos medos, às paixões, mas que, com a sua passagem para a outra vida, no rastro do patrimônio que vai legar, deixa um punhado de herdeiros a experimentar da vida o turbilhão de emoções que ela nunca vivenciou.
Mas, nada lamento. Tive a oportunidade de rever amigos diletos, olhar o mar de solaio, de beijar a fronte dos meus queridos pais, de estar perto do meu umbigo, de ser cearense da gema uma vez mais.