"Em 06 de agosto de 1945, Hiroshima e o Mundo conheciam o poder da bomba atômica
Little Boy foi a primeira bomba atômica
a ser lançada sobre um alvo humano
Em 30 de abril de 1945, em meio à tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, Adolf Hitler cometia suicídio, e o almirante Doenitz formava novo governo, pedindo o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. Alguns dias depois, no dia 7, a Alemanha rendia-se incondicionalmente, em Reims.
A Segunda Guerra estava praticamente terminada. Os conflitos restantes aconteciam no Pacífico. E foi no Japão, mais precisamente em Hiroshima e Nagasaki, que a humanidade conheceu a mais terrível criação da tecnologia. Em 06 de agosto de 1945, era lançada a primeira bomba atômica em alvo humano.
Hiroshima, 6 de agosto de 1945 - 8h45min
A Guerra estava no fim, e Hiroshima permanecia intacta. O governo incentivava todos a manter as atividade cotidianas. Nesse momento, os japoneses ouviram o alarme indicando a aproximação de um avião inimigo. Era um B-29, batizado de "Enola Gay", pilotado por Paul Warfield Tibbets Jr. Do avião, foi lançada a primeira bomba atômica sobre um alvo humano, batizada "Little Boy".
Instantaneamente, os prédios desapareceram junto com a vegetação, transformando Hiroshima num campo deserto. Num raio de 2 quilômetros, do hipocentro da explosão, tudo ficou destruído. Uma onda de calor intenso, emitia raios térmicos, como a radiação ultravioleta.
Um dia após a explosão, os escombros em Hiroshima
eram cobertos por uma tênue cortina de fumaça Os sobreviventes vagavam sem saber o que havia atingido a cidade. Quem estava a um quilômetro do hipocentro da explosão, morreu na hora. Alguns tiveram seus corpos desintegrados. O que aumentou o desespero dos que nunca vieram a confirmar a morte de seus familiares.
Quem sobreviveu, foi obrigado a conviver com males terríveis. O calor intenso levou a roupa e a pele de quase todas as vítimas.
Vários incêndios foram causados pelos intensos raios de calor emitidos pela explosão. Vidros e metais derreteram como lavas.
Uma chuva preta, oleosa e pesada, caiu ao longo do dia. Essa chuva continha grande quantidade de poeira radioativa, contaminando áreas mais distantes do hipocentro. Peixes morreram em lagoas e rios, e pessoas que beberam da água contaminada tiveram sérios problemas durante vários meses.
O cenário da morte era assustador. As queimaduras eram tratadas com mercúrio cromo pela falta de medicamento adequado.
Não havia comida e a água era suspeita. A desinformação era tanta que muitos japoneses saíram de suas províncias para tentar encontrar seus familiares em Hiroshima. Corriam o maior risco pós-bomba: a exposição à radiação.
Não se sabe exatamente porque Hiroshima foi escolhida como alvo inaugural da bomba atômica. Uma explicação considerada plausível, é pelo fato de a cidade estar centrada em um vale. As montanhas fariam uma barreira natural, o que ampliaria o poder de impacto da bomba. Conseqüentemente, conheceriam a capacidade de destruíção nuclear com mais precisão. Outra explicação é baseada no fato de Hiroshima ainda não ter sido atingida por nenhum ataque. Isso, aliado à proteção das montanhas, daria a medida exata da destruição da bomba nunca antes testada.
De concreto, sobraram os horrores de uma arma nuclear, com potência eqüivalente a 20 mil toneladas de dinamite. Ainda hoje, passados 58 anos da explosão da primeira bomba atômica, o número de vítimas continua sendo contabilizado, já ultrapassando 250 mil mortos."
http://www.unificado.com.br/calendario/08/bomba_hiro.htm
“Três dias depois, 9 de agosto, outra bomba, chamada Fatman, é lançada sobre Nagasaki. Mata quarenta mil e fere outros quarenta mil japoneses. O Japão se rende e termina a guerra. A arma atômica, com poder equivalente a vinte mil toneladas de TNT (Tri-Nitro-Tolueno), é mil vezes mais potente que qualquer das bombas conhecidas naquela época.
A carnificina não foi maior porque o terreno montanhoso protegeu o centro da cidade. Quatro meses depois, porém, as mortes na cidade chegavam a 80 mil. Nagasaki, na verdade, era o objetivo secundário. Foi atingida porque as condições meteorológicas de Kokura, o alvo principal, impediam que os efeitos destrutivos da bomba fossem os planejados.
Equipes médicas se desdobram na tentativa salvar os mais de trinta e cinco mil feridos. Mas, por semanas, meses e anos, os feridos continuam a morrer, vítimas das terríveis lesões provocadas pela explosão atômica. Mesmo seis meses depois da explosão, centenas de pessoas ainda exibiam queimaduras não cicatrizadas, provocadas pela exposição à radiação. Há milhões de homens e mulheres com problemas causados pela radiação, até então desconhecidos, mas diretamente relacionados com o bombardeio, continuam a surgir, mesmo muitos anos mais tarde. Em 1950, o censo nacional do Japão indicou que havia no país 280 mil pessoas contaminadas pela radiação das bombas de Hiroshima e Nagasaki.
Assim como as pessoas e as estruturas físicas das duas cidades sofreram conseqüências graves com a radiação das bombas atômicas, o meio ambiente também foi inteiramente destruído.
Os americanos consumiram seis anos e dois bilhões de dólares para produzir a arma mais destrutiva de toda a história da humanidade. Cinco meses depois de Hiroshima e Nagasaki, um trem especial conduz o tenente norte-americano Sussan através do território japonês, para registrar em filme os efeitos da explosão. O filme permaneceu secreto durante 13 anos.
Quando afinal foi divulgado, os americanos ficaram chocados com o que viram e com as proporções da destruição que a bomba provocou. Admitiram, então, que não imaginavam que o resultado pudesse ser aquele.”
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/index.php3&conteudo=./educacao/hiroshima.html
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