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Cartas-->LAVAGEM DE DINHEIRO DO PT -- 21/08/2005 - 11:02 (JOÃO DE FREITAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Doleiro detalha esquema de remessas de dinheiro ao exterior

“Em bilhetes cifrados que enviou do presídio à mulher, Toninho da Barcelona detalha como funcionava o esquema de remessas de dinheiro arrecadado por petistas ao exterior
(Ugo Braga/Enviado especial)
(Lúcio Lambranho /Correio Braziliense)

“São Paulo - No submundo dos doleiros paulistanos, o português é acessório. A língua usada para fechar negócios que realmente importa é o hebraico – dominado pela esmagadora maioria de judeus negociantes do mercado paralelo de divisas. Recorrendo a este código, o doleiro Antônio Oliveira Claramunt, mais conhecido como Toninho da Barcelona, escreveu e enviou uma série de correspondências a sua esposa, Patrícia, durante o período em que esteve sob custódia da Polícia Federal, na capital paulista, em 2004. Em hebraico, nas cartas enviadas clandestinamente à mulher, Toninho escreveu fragmentos de uma história que, devidamente traduzida e reunida, revela ao País um escândalo de proporções amazônicas envolvendo figuras eminentes do PT, o partido do presidente da República.

Nas últimas 72 horas, a reportagem conversou com pessoas que leram as cartas de Toninho para Patrícia. Alguns desses personagens participaram diretamente de uma operação secreta feita dentro da Casa de Custódia da Polícia Federal, na Zona Norte de São Paulo, para fazer os textos saírem da cadeia até seu destinatário. Cópias dessas cartas, todas enviadas por fax, estão guardadas com Patrícia Claramunt e com ex-companheiros de cela de Toninho. E servem atualmente como escudo contra pessoas que o vêm ameaçando de morte.

Trilha

As cartas de Toninho a Patrícia fornecem mais detalhes dos crimes que ele mesmo já havia confessado à Justiça num dos processos que respondeu, encerrado em fevereiro passado. Nele, Barcelona acabou condenado a dez anos, dois meses e 22 dias de prisão por evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e gestão de instituição financeira não-autorizada. Ele transformou uma agência de turismo numa corretora de câmbio clandestina.

Conforme disse o próprio doleiro à CPI dos Correios no início da semana, esta extraordinária coleção de crimes foi posta a serviço de "membros do PT" entre 1998 e 2003. Entre outras coisas, segundo falou, serviu para esquentar sobras do caixa 2 da campanha eleitoral de 2002. O que não se sabia até agora era o caminho exato do dinheiro frio recolhido no Brasil, remetido para fora de forma ilegal, aquecido e repatriado numa roda da fortuna internacional.

Segundo um economista que dividiu a custódia da PF com Toninho da Barcelona, este circuito começava com a cobrança de propinas ou superfaturamento de contratos, como os de coleta de lixo ou obras públicas, nas cidades administradas pelo PT – Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Recife, Porto Alegre. E cresceu a partir de 2003 com operações nos fundos de pensão ligados às empresas estatais.

O dinheiro dado "por fora" ao partido de Delúbio Soares era encoberto com a emissão de notas fiscais frias de empresas ligadas ao esquema – Avencar Turismo Ltda, KLT Agência de Viagens, Appolo Câmbio e Lumina Empreendimentos Ltda são as mais citadas. Estas notas eram entregues pelos doleiros – além de Toninho da Barcelona faziam parte Raul Henrique Sraur e Richard André Waterloo – às empresas achacadas, que com elas poderiam justificar a saída contábil da propina de seus caixas mundo afora.

A partir daí, iniciava-se uma cadeia financeira que podia ser percorrida ao longo de um único dia – operações chamadas day trade – via computadores de quem a operava. No máximo, começava num dia e acabava no outro. Geralmente o dinheiro da propina era arrecadado em espécie. Os reais eram depositados pelo então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, receptor de toda a bolada, nas contas de laranjas dos doleiros. Que de pronto disparavam ordens de pagamento no exterior. No caso do PT, eles criaram uma trilha própria. Usavam duas empresas off-shores, chamadas Lisco Oversears e Miro Ltd., para mandar dinheiro de contas numeradas respectivamente no JP Morgan e no Citibank, ambos de Nova York.

Nos trechos em hebraico das cartas a Patrícia Claramunt, segundo quem os leu, Toninho da Barcelona fornece mais pistas do restante do caminho. Debitado da Lisco e da Miro, a bolada seguia para uma conta-corrente da Naston Incorporation Ltd., off-shore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal caribenho. A Naston é uma sociedade célebre entre doleiros, pois pertence a Barcelona e a Alberto Youssef, dois dos mais conhecidos do mercado.

Marido da Marta

Ainda não há informação sobre a instituição financeira que a Naston usava. Mas é certo que de lá partiam ordens de crédito bifurcando a trilha. O dinheiro era mandado assim: 1) às contas numeradas 60.356356086 e 60.356356199 do Trade Link Bank (braço do banco Rural nas Ilhas Cayman), operadas por um certo Felipe Belizário Wermusdit, cidadão de passaporte francês; e 2) à Empire State Scorpus, off-shore com presença no Panamá e em Luxemburgo, operada por um certo Felipe Belizário Wermus, cidadão de passaporte argentino.

Felipe Belizário, tanto o Wermusdit quando sua corruptela Wermus, seriam a mesma pessoa. No Brasil, segundo informações atribuídas a Toninho da Barcelona, essa pessoa é conhecida pela graça de Luis Favre, dirigente petista, atual marido da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy. As contas operadas por Belizário são o que se chama de contas-ônibus, servem ao transporte do dinheiro até um ponto seguro.” (Estado de Minas, 21 de agosto de 2005).

“Enquanto o partido usava tal prática, o nosso presidente jogou milhares de trabalhadores na rua fechando as casas de jogo do bingo, sob a alegação de que não poderia legalizar o crime. É lamentável!

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