Acabo de pronunciar Brasil com aquele tonzinho tão peculiar das gentes canarinhas a mil por cento. Com aquele "s" a dar "z" no pálato e o "l" partindo nas asas da brisa ensolarada para o azul que se abre em busca de todos os azuis no espaço.

É... Tem dias, dias e dias, para cima e para baixo. Nós somos uma onda, mãezinha, brincando para lá e para cá, rodopiando, ora descendo, para experimentar a medonha sensação do abismo, ora subindo, para fruir o esplendor de nos abrirmos em alvas flores em face do céu da vida. Para lá e para cá, vamos a pouco e pouco ganhando a aproximação da praia. Ganhando, se porventura reforçarmos o ego para uma inevitabilidade feliz. Perdendo, no caso mais comum de todos: temendo que o tempo nos atire abruptamente contra as penedias.

Tudo-tudo, tudo tem jeito a dar se deveras a gente quiser, e a pessoa por quem tudo podemos fazer, é por nós mesmo. Às vezes damos tudo de nós para ajudar outrem e é esforço em vão, é decepção, é lance que nos magoa e derrota a alma.

Temos de nos preparar para perder tudo, e o que mais custa a perder, quanto a mim, são aqueles que verdadeiramente amamos, aqueles que, sem querer , nos abrem um poço no espírito quando se vão definitivamente e nós ficamos com eles o resto da vida dentro dos olhos.

Olá, todo mundo!... Como vai você?...

Senhor mundo dê licença,
Venho pedir-lhe um favor
E agradecer-lhe também...

Peço que nos proporcione a todos um futuro bem-estar e agradeço-lhe os magníficos pedacinhos de benquisto prazer que cá temos em saldo.

De resto, com beijinhos para as damas e abraços para os cavalheiros, oi gente, portem-se todos "mal" desde que a harmonia colectiva não sofra mais do que já está a sofrer.

Votos de muito bom DTN, até para o Lula:

Tudo merece desculpa
Com verdade e boa fé,
Afinal ninguém tem culpa
De ser aquilo que é !...

Nem os bons, que tão mal agradecidos são.