"(BR Press*) - Os efeitos nocivos do cigarro relacionados às doenças cardíacas e respiratórias são bastante conhecidos. O que pouca gente sabe é que o cigarro agrava problemas de fertilidade nas mulheres.
O alerta é de Mariangela Maluf, médica ginecologista, especializada em Reprodução Humana. "Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que as pessoas associam os riscos do cigarro mais às doenças respiratórias (99%), ao câncer de pulmão (99%) e aos ataques do coração (96%) que aos problemas de fertilidade", diz a médica.
A situação não é diferente no Brasil. Os casais brasileiros enfrentam problemas para ter filhos e seguem fumando, agravando ainda mais a situação.
De acordo com a pesquisa norte-americana, realizada no ano passado, apenas 39% dos entrevistados sabiam da relação entre o fumo e o aborto, 30% sobre o aumento da probabilidade de desenvolver osteoporose, 22% dos entrevistados tinham conhecimento a respeito da relação do tabaco com a infertilidade e 17% sabiam que o cigarro poderia provocar menopausa precoce. A pesquisa ouviu 388 funcionárias de um hospital de Connecticut, nos Estados Unidos.
Riscos
Substâncias químicas presentes na fumaça do cigarro podem acelerar a perda natural dos folículos ovarianos levando, conseqüentemente, à perda da função reprodutiva. Adicionalmente, lesões cromossômicas ou do DNA das células germinativas humanas (óvulos e espermatozóides) podem resultar da exposição à fumaça do tabaco.
Tais efeitos podem determinar um risco aumentado de abortamento, aceleração do início da menopausa e redução da fertilidade.
Estudos sugerem que pacientes que fumam requerem quase o dobro do número de ciclos de fertilização in vitro para conseguirem a gestação do aquelas que não fumam. Casais que apresentam problemas de fertilidade e que um dos dois fuma - ou ambos - devem informar isso ao médico.
Largar
Para Paulo Perin, ginecologista e especialista em reprodução humana, é preciso que estas pessoas busquem ajuda do médico para largar o vício - já que hoje existem terapias bastante eficazes para tal. Entre elas, a terapia de reposição de nicotina (goma de mascar, adesivos cutâneos, spray nasal) e o agente que induz ao término do hábito de fumar (bupropion).
Gestantes
"O mesmo eu recomendo para as gestantes. Muitas delas, mesmo conscientes dos riscos para a criança, não conseguem parar de fumar. Mas tão pouco pedem ajuda." No entanto, de maneira ideal, as terapias farmacológicas que induzem ao término do hábito de fumar são melhor empregadas previamente à concepção - uma vez que tais drogas são classificadas como categoria C ou D (indicando efeitos reprodutivos adversos em modelos animais).
Estudos revelam que quando uma mulher fuma na gestação está mais propensa a gerar uma criança com peso abaixo do normal, o que pode estar relacionado a doenças e morte na infância.
E mais: existem evidências de que o fumo aumenta o risco de anomalias como lábio leporino ou ausência de palato. A produção de leite materno também pode ser afetada e grávidas fumantes têm maior risco de parto prematuro.
Fonte : Yahoo
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