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Cartas-->Para ti... Sem título -- 13/09/2005 - 13:07 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Gosto do 13, sabes? É um número que para mim tem uma diversidade enorme de significados, bons, muito bons, assim-assim e péssimos.

Hoje, então, gostaria de chamar-te uma palavrinha especial, um vocábulo que nunca alguém te tenha chamado.

Rebusco na cama das palavras, procuro ávido que se me depare a ideal, aquela que encaixe na efectiva ideia que tenho de ti, com a certeza absoluta que estarei sempre enganado.

Estamos em 2005, e para mim é criminoso que alguém se atreva a classificar um ser humano. A esses - presumo que conheces bem o meu incontornável pendor - apetecia-me desde já atirar-lhes com um daqueles palavrões que eles por agora vão sendo sem dúvida alguma, sem tirar nem pôr.

Apre, eu não quero classificar-te, tal como não quero classificar seja quem for. Se por vezes o faço ao correr da vida, isso é porcaria que trago dentro de mim, mas que repugno com todas as forças da minha alma.

- Olha, aquele ali faz versos. É poeta.

Ah... Ah... Ah... Apetece-me dar saltos por cima dos prédios todos, como o homem-aranha, quando ouço esta tão simples classificação. Às vezes, até me interrogo, se estarei ou não resvalando para a valeta da demência.

Bem, mas vamos, sim, à tal palavrinha que me motiva, uma palavrinha doce, terna, franca, honesta, leal, agradável, concisa, eficaz, amiga-século-XV.

Onde irei eu, pois, buscar uma palavrinha assim, intocável, luminosa como a deslumbrante sensação que uma mulher experimenta quando dá à luz um filho mil vezes sonhado? Mas sobretudo, uma palavra da qual nunca me arrependa.

É difícil, né?

Acredita que, neste exacto momento em que dou à tecla, não tenho termo algum na mente, ou, como soer é dizer-se, na manga. Ela há-de surgir-me como a uma criança surge a vontade de tocar algo.

Já estás escutando a música, estás?... Decerto estarás também cogitando a palavrinha e, ao mesmo tempo, questionando: - "O que é que este gajo quer?". Não?!...

Estou nesta altura a escrever para ti como outrora escrevia para mim mãe, quando estava fora de casa. Não referia o nome dela nem o vocábulo "mãe". Todavia ela sabia que aquilo que eu escrevia não era para mais ninguém. Sequer, ao fim, punha aquele habitual "deste seu filho".

Imaginarás tu que longínqua sensação me está perpassando neste exacto minuto?

Caramba, pronto, cá está a palavrinha, que vou hoje chamar-te.

Lê: FADA

Então, qual é a palavrinha? Ah... Ah... Ah...

Vá, passa o "mouse", premindo-lhe o botão esquerdo, adiante dos dois pontos da palavrinha "lê".

António Torre da Guia

Som = José Luis Rodriguez em "De que manera te olvido"


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