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Cartas-->SUCO DE LIMÃO GALEGO E OS PEREIRINHAS - Pra rir só um pouco -- 15/09/2005 - 01:18 (Edmir Carvalho Bezerra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SUCO DE LIMÃO GALEGO E OS PEREIRINHAS

Para fazer a Mila ri, a Ivone ri, o Beto ri, o Torre da Guia ri, o Balsamelo ri, Fuente ri, o Benedito ri, a Cléo ri, a Graça ri e quem mais quiser ri. Quem não ri que me atire a primeira pedra. Tenho dito.

Esta quero repartir aqui porque um amigo me contou e não posso segurá-la. É verídica, ou como dizia um conhecido, é jurídica.

Seu Pereira era cabo da polícia militar, homem brabo. Dentro de casa disciplina de quartel. Passou pela vida o Seu Pereira a trabalhar duro e a fazer filhos. Uma dúzia, nove homens e três mulheres. O que me contou a história é o anti-penúltimo e o menor, pesa 97 quilos, um metro e oitenta de altura. Chamo-o carinhosamente de Negão. Negão tem o braço da grossura de um garrafão de vinho, daqueles de cinco litros, mas é uma doçura de pessoa.

Certo é que houve um tempo que por motivos de saúde, Seu Pereira teve que entrar de benefício, aí o salário reduziu, foram trinta dias de conserva, sardinha e farofa de óleo (coloca o óleo na frigideira, depois a farinha, mexe, mexe, uma pitada de sal e pronto, nem um ovinho sequer ia dentro).

Juntaram-se após o almoço três dos Pereirinhas. O pai cochilava junto à mãe. Foram no quintal arrancaram da árvore cinco limões galegos e começou o beneficiamento da coisa. Um amassava o limão com o pé pra ficar mais macio, o outro cortava em bandas e o terceiro espremia numa panela de alumínio. A idéia era fazer uma limonada, daria uns três litros. Faltava adoçar e em seguida tomar com farinha. Limões espremidos, panela cheia, adoçar, farinha e tomar debaixo da mesa. Pois, sim! No que levanta o Pereirinha 1 para apanhar o açúcar, Seu Pereira levanta junto. Foi logo querendo saber da história.
- Vocês não acabaram de almoçar?
- Mas papai, nós só vamos tomar uma limonada. Falou o autor da idéia, Pereirinha 1.
- Pois muito bem, os três sentados aqui na mesa. Podem tomar à vontade.
- Papai, falta o açúcar, falou o Pereirinha 2.
- Bebendo, já disse! Cada um dá uma golada e passa pro outro.
E foi assim o rodízio. Golada, careta, passa adiante, golada, careta, passa adiante. Não terminava nunca. A azia já tomava conta dos três. Golada, careta, lágrima nos olhos, tremor no corpo... passa adiante. E foi assim até terminar o suco.
- Acabou, mas dói até arrotar, dói tudo papai. Essa foi a deixa do pereirinha 3.
- Muito bem, quem teve a idéia da limonada? Você?! Então vá lá no quintal e me traga três palhas do açaizeiro, tira as folhas, mas não me arranca os calombos.
Seu Pereira pôs os três no paredão, um de cada vez, de costas, sem roupa nenhuma. É pra engolir o choro, não quero ouvir nenhum gemido, disse a polícia.
- Primeiro você, e começou a lambada nas costas, mas não era uma lambada simples qualquer não, era so-le-tra-da, a cada açoite uma sílaba, assim:

- Vo-cê nun-ca mais vai fa-zer is-so de no-vo por-que se não vai a-pan-har u-ma sur-ra de ver-da-de, es-tá me en-ten-den-do ? e não é pa-ra cho-rar se não eu vou re-pe-tir tu-do de no-vo. Es-tá me ou-vin-do?

Terminada a sessão tava os três molinhos, molinhos, ardendo por dentro e por fora. Seu Pereira foi pro quarto e veio dona Dora.

- Poxa vida, vocês não dão sossego mesmo. Senta os três na mesa que eu vou passar remédio nas costas de vocês. Mas quem mandou serem teimosos, não dava pra esperar o café com pão. Por isso o pai de vocês falou que hoje não tem café, só vai ter pão seco e ninguém pode beber água antes da janta.
- Tá, mãe, passa logo o remédio que ta ardendo muito.
- Espera aí que eu vou buscar o sal e o vinagre.
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