Usina de Letras
Usina de Letras
34 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63783 )
Cartas ( 21381)
Contos (13322)
Cordel (10372)
Crônicas (22598)
Discursos (3256)
Ensaios - (10858)
Erótico (13607)
Frases (52288)
Humor (20238)
Infantil (5698)
Infanto Juvenil (5061)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1389)
Poesias (141194)
Redação (3388)
Roteiro de Filme ou Novela (1066)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1983)
Textos Religiosos/Sermões (6435)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Ó Edmir... Vamos seguir... ISTO É LINDO !... -- 15/09/2005 - 15:41 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ENLACE
Porque ELA mandou...

Poeta,
Você já viu
Meu livro na vitrine?
Vá lá e veja,
Coisa simples,
Minha coisita
De Poesia...


Apre,
Que grande empurrão
No pensamento
E vou ver mesmo.
Aguarde aí, Edmir,
Eu volto já.


Bem, o livro, vi,
Não li, mas hei-de ler...
Li considerações, apreços,
E sobretudo este poema
Caíu-me bem, tão bem,
Que até vou escrevê-lo
Letra a letra
Para melhor sentir
Nas pontas dos dedos
As asas do poeta...


Este verso abandonado
É a imagem escorregadia...
O poema nunca me vem na polpa dos dedos,
Nunca se apronta, se arruma...
É casa sem reboco.
Muita coisa me nasce
E morre segundos depois.

É preciso não estar acordado,
É imprecindível ser lúcido.

Corro silêncios imensos
Atrás de uma palavra
E suas entranças,
Estou sempre desviando
Dos caminhos...
Ao poeta basta pequenas nuvens,
Minúsculos vazios, folhas mortas,
Uma história de amor,
Uma janela, um regato,
O aroma do café creme,
Uma flor, um telefonema,
Um chá de hortelã,
Um risco de morte
No "Y" da atiradeira,
Um nada, uma ausência,
Os ajuntamentos, os ajustes,
A permanente parição...


Eis o vazio
Do maravilhoso corpo
Que eu abraço,
A mulher toda sempre mais além-aquém,
A minha neta, a minha filha, a minha mãe,
A ressurreição, meu irmão,
A ressurreição que é preciso explicar
Tim-tim por tim-tim,
Ão-ão- por ão-ão...
Enquanto bater o nosso coração.

Vem daí guerreiro,
Agora o nosso amigo-inimigo é o tempo,
Vamos puxá-lo com as unhas,
Esticá-lo com os braços,
Fazê-lo ajoelhar a nossos pés...

Vês?!...
O tempo todo obedece
Porque ELA mandou..

Edmir Carvalho Bezerra
António Torre da Guia
Som= Boleros ao piano

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui