Prezo-me de entender muitos silêncios, muitas palavras que superficialmente acobertam outros sentimentos, gestos de desânimo aparentemente pacíficos, muita-muita coisa que não é o que finge ser, e entendo até os propositados fingimentos que, pelo menos a mim, não conseguem desviar-se de ser o que são.
Recebo frequentemente uns estúpidos e imbecis e-mails que, na redacção, se esforçam o mais possível por confundir a sua origem, a borrarem-se todos de covardia íntima, encavalitados na "corajosa" heroicidade do anonimato.
Primeiro, surpreende-me a voluntária disposição para se perder tempo a chatiar outrem com semelhante forma de procedimento. Segundo, o que diacho se passará no interior de tão falhados miolos? Qual a objectiva miragem de tão nítida abjecção?
Ora, pois, quem me dera não entender o que no raciocínio deste doentes sociais perpassa. O cunho das insultuosas mensagens é brasileiro, tem pronuncia e tudo, e desde logo demonstra, pelo alinhavamento da expressão, que remete de gente de muito baixa condição, servilmente invejosa, exactamente daqueles que baixam o cachaço de costas voltadas a troco de uma ínfima nota.
Que pena tenho que o Brasil acoite tanto nojo.
Quiçá, esses, estejam à espera de ler esta acérrima critica... Para concluirem o quê?... Com semelhante princípio sequer uma nesga avistam no triste meio em que persitem.