Mais, menos, melhor, pior, maior, menor, muito, pouco, óptimo, péssimo, ínfimo, máximo, e - "ó-da-guarda-quem-me-acode" - excepcional e abominável...
Por esta altura, prezados L&L - ao cabo de sessenta consecutivos anos à volta das letras - eis-me bem defronte à montanha literária que sobre mim desaba sem que logre hipótese alguma de vislumbrar distinto - por íntima convicção e exigência pessoal - um só dos meus dedos entre a capitosa amálgama que, cada vez mais profusa, continua a sair do vulcão lusófono. Também, nunca movi uma palha que fosse para que alguém me desse o crucial empurrãozinho para a fila dos privilegiados.
Todavia, no decurso das décadas de 60/70 fui cantado e propalado nos mais recônditos lugares da lusitana expressão. Hoje, quando às vezes passo pelo que resta da dispersa saudade dos tempos aúreos, ainda consigo ouvir algumas notas musicais que melodicamente vestiram meus versos. Para mim, sem que a enorme maioria dos convivas o saiba, este singelo pormenor é o maior de todos os prémios, espécie de impulso no ego que me lança para o espaço espiritual como se fosse um recém-nado potro a sacudir-se da palacenta.
O atrás enunciado vem a propósito do ultra rápido concurso de poesia que o nosso companheiro Edmir Carvalho Bezerra organizou, decerto com o exclusivo intuito de desentediar a ambiência usinal e colocar os amantes do verso em comparticipação mais estreita e entusiástica. Afinal, seja o que for, sem entusiasmo colectivo, não constitui deveras vida que valha a pena perpassar.
Segundo indicação que recolhi, fomos 13 participantes no concurso do Edmir:
Agostinho Moreira da Costa
António Torre da Guia
Antonio Sergio Bernardo
Benedito Pereira da Costa
Cinézia C.C.
Ernane Calado de Souza Melo
Euripedes Balsanufo de Sousa Melo
Frassino Machado
Jairo Nunes Bezerra
Janete Santos
Jeovah de Moura Nunes
Miguel Eduardo Gonçalves
Tancredo A.P. Filho
Tenho um brevíssimo comentário - tipo desabafo - a fazer e um "abrenúncio" a coroá-lo.
Ó como fico com vontade de dar uns bons murros na parede sempre que a curiosidade me puxa a apreciar as leituras sobre dois textos que propositadamente coloco em experiência: um, uma lengalenga qualquer de pendor sexual, e outro, um poema em que gastei uns longos minutos a rebuscar as palavras. Resultado: 500 e 10 leituras. Apre!... Que se lixem a "literatura das partes" e a porra dos cliques todos na Internet.
António Torre da Guia
PS = Tadeu - Ó Toninho - esta é a sério, meu caro - sabes que já há gente a fazer sexo com o umbigo?!...
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