Tenho à minha cabeçeira, há meia-dúzia de dias, o livro "Dizerudito" da autoria do nosso prezado companheiro Edmir Carvalho Bezerra.
Num primeiro apreço, estou deveras interessado no pessoalíssimo cunho que o Edmir coloca na sua expressão poética, que designa de "arte povera" e obriga o leitor a reflectir sobre o conteúdo que vai absorvendo e redescobrindo entre a profusa diversidade dos termos - pelo menos comigo isso está a suceder - interessantes e inéditos pendores, curiosos cambiantes que nunca anteriormente se me tinham deparado.
Embora o livro venha acompanhado de um bem concebido CD que permite fruir a leitura no computador, prefiro sobretudo folhear o exemplar literário, recostado no travesseiro, enquanto vou fumando uma saborosa cigarrilha. E que bem sabe ler e fumar quando os dois actos se conciliam em descontraído gosto.
Em consequência, àqueles que gostam mesmo de ler, levando gostosamente os olhos para dentro das palavras, recomendo que não percam a excelente poesia que o Edmir tão bem emana nesta sua obra.
A seu tempo, logo que bem me sinta com opinião precisa sobre a leitura que estou a fruir, aqui virei tecer os comentários que a obra me suscitar. António Torre da Guia |