Pense na incrível velocidade da vida. É quase uma fórmula um, um bólido, um projétil. Nascemos e, enquanto crianças, sob os cuidados dos nossos pais, imaginamos que a vida se arrasta, anda em câmara lenta, apesar de brincarmos muito, rirmos muito, enfim, preencerm,os o nosso tempo com as coisas naturais de uma doce irresponsabilidade. Aí vem a adolescência: os temos, a descarga hormonal, os primeiros impulsos sexuais, o primeiro amor, a escola, a espera pelas férias, os amigos, os conselhos dos nossos pais que, naqueles momentos, enxergamos como pessoas quadradas e retrógradas, que vivem com medo de tudo e de todos.A tempo ali ainda escorre com lentidão, vivemos querendo que ele passe rápido, muito mais rápido.
Depois, ingressamos no mundo adulto. É a hora das decisões, do peso da responsabilidade, das obrigações, dos compromissos, do trabalho profissional, de assumirmos uma família.
É quando a vida acelera e os momentos voam numa roda viva impressionante. E vamos nós naquela ciranda louca a rodar e a rodar...Quando menos esperamos, estamos velhos, os olhos mortiços quase sem ter mais o brilho de antanho, o corpo cansado, os sonhos encurtados pela tesoura impiedosa do tempo...Mas, assim é a vida: boa de se viver, cheia de surpresas, porém, demasiado curta e efêmera, uma simples chama de vela exposta ao vento.