Algo de esplendor luminoso veio de algures, algures que se vê, que se sente, que se pode até apalpar, mas que ninguém coerentemente, especificamente, por mais voltas que dê à honestidade íntima, saberá explicar. Algo, tal e qual o insondável infinito que se nos depara entre a partícula ínfima e a máxima, embora a inteligência humana imagine e invente tudo quanto é possível, antes, agora e depois dos tempos, persistindo descobrir o futuro que deveras não há raciocínio algum que logre penetrar, esse aquém ou além do nada onde sequer o silêncio existe.
O divino-celestial sorriso da Julinha - digo eu: brasuquil - todo misturado, vindo de dentro, de fora e de todos os lados, concentrado num repentino momento que a objectiva conseguiu prender em ápice feliz. Olhe-se bem mais do que bem: criança, jovem, mulher, magnífica velhinha do ano 2080, época em que os automóveis já conseguirão e poderão levantar voo, sem o risco de se enfiarem num telhado, sob o qual um pacato cidadão, dormindo, estará a sonhar que de facto já voa todos os dias...
Parabéns, muitos parabéns ao dedo indicador que surpreendeu e prendeu esta belíssima imagem. Mais do que nunca, o mundo precisa de crianças que sorriam assim, serenamente, harmoniosamente, em estado de gracioso "está-se bem" sem ser preciso mais nada. António Torre da Guia
Som = Júlio Iglésias em "Felicidades" |