Esta carta faz parte da série "Um Amor Siciliano". O amor vivido e sonhado pela romântica Clara e o escritor Enzo, siciliano de Catânia, a cidade do vulcão Etna.
Catânia 4 febbraio 2005
Minha doce fada, minha Clara,
Envio-te esta minha foto na neblina, entre os jardins do Etna.
Respondo prazerosamente à tua maravilhosa carta a qual achei deliciosa e sensual.
Como podes ver nesta fotografia já estamos em pleno inverno e faz muitíssimo frio.
Se não te escrevo todos os dias é porque, como tu sabes estou muito atarefado com o meu trabalho de escritor. Porém saiba que o meu pensamento corre sempre em direção a ti. Eu sei o quanto estou no teu coração, esse pequeno coração que sempre bate por mim.
Nós, como repetidamente te escrevo, estamos destinados a não nos encontrarmos nunca, confiemos as nossas imagens à tecnologia do computador para satisfazer a necessidade de nos vermos. Não ti telefonei para não sentir-me triste ao ouvir a tua voz e depois ter que desligar o telefone, mas se um dia eu sentir que posso fazê-lo, te chamarei.
A minha vida transcorre sempre do mesmo modo, entre livros de pesquisas e o computador. Mas desde que estou escrevendo este romance tenho deixado de lado até mesmo a minha música.
Aperto-te ao meu coração num caloroso abraço, dizendo-te que te amarei sempre.