DIÁLOGO feito entre a Luiza Helena e o Autor (AGNALDO) no Usina de Letras, terminando com os acrósticos em repentismo.
Altor diz
Esconde nas SOMBRAS a grandeza de seus escritos e simplesmente lança no AR a simplicidade das profundezas do UNIVERSO.
Luiza Helena - diz:
Passando para as abissais.... inexoráveis NO "NÃO TER"... sem carecer, contudo, completas no silêncio... quietude da ausência.
Altor diz:
PROFUNDA escuridão do FUNDO DO MAR, ABISSAIS ....
reflexivas no SILÊNCIO do azul da noite sem astros...
Luiza Helena - diz:
inexorável silêncio... rompido como um véu... trazendo a brisa que fala por quem cala, tendo o que dizer.
Altor diz:
Sem existir, mas sentindo o parecer dos peixes noturnos nas correntes de águas quentes resfriadas pelo umidescer das correntes frias na CONTRADIÇÂO dos movimentos das águas.
Luisa Helana - diz:
águas que lavam a alma do navegante, "em solitário"... mergulhado em suas ondas... sempre cerebrais... sextante... fractais.
Altor diz:
morrem os pensamentos na solidão de quem leva o BARCO, mas não esquece o PAIRAR das gaivotas, que navegam paradas na PROA sem rumo, no barulho de FACA, que abre o encortinamento do mar azul, pra deixar passar a QUILHA de vida das sardinhas, que piscosas vão morrendo, uma a uma, sobre os BICOS fogosos das GAIVOTAS.
Luiza Helena - diz:
fogosos... lambendo a pele brilhante... diamante!... lapidado!... embalado!... na canção. - queima o fogo da paixão... éter.
Altor diz:
Se assim continuar pego agora a viola e solto pra vida na esquina da saudade e embalo um final de musical de amor, amando quem me arrasta neste mundo de mulheres, num goso de infinito desejos.
Luiza Helena - diz:
infinitos desejos... guardados!... amados!...solta as amarras!... deriva a vida, em mel, em fel. - não importa, infinita!... aflita!... urgente!... a vida que escorre no amor.
Luiza Helena no final divaga em respeito ao Altor e diz:
Divagando
Aquele homem distante
Guarda a poeira do mar.
Navega na alma da gente
Abrindo um novo lugar.
Lua em noite de nada
Doando seu brilho sem fim
Olha pra ele e pergunta:
- estás precisando de mim?
ALTOR responde o acróstico anterior com outro acróstico
Laça o Marujo com o LAIS DE GUIA
Une o AMOR EM MULHER MARINHEIRO
Inverga sua vergonha NA LUZ DO FAROL
Zarpando pelos OCEANOS sem FIM
Até encontrar o Abrigo na ILHA PERDIDA
- navego em ti coração!
LUIZA HELENA
Castelo de areia em construção
Sem bases sólidas
Seguindo a espiral do Nautilus
Como quem escuta o oráculo.
Altor
Igreja do Divino AMOR
Viva a ORAÇÃO do Senhor
Começa na morte na dor
Com a VIDA PRESENTE
Ausente É UM TERROR
Luzia Helena diz:
Bate revolto. Envolto.
Na camada de saudade.
Fechado. Guardado. Amado.
Armado?
Almado!
Sal. Tá. Aonde?
Salta no peito.
Te aquieta, coração!
Altor
Inspirado no desespero da solidão
No grito da nostalgia Infiel
Conspirando incendiando a razão
Cúmplice do Espírito de um NOEL
Em noite de NATAL ano novo no FOGÃO
Assim faz assim olha morto enfermo
O que resta da vida o AMOR do CORAÇÂO
Este Diálogo foi escrito em concordância com o Autor e a Luiza Helena.